Resenha: Amor em Jogo – Anaté Merger


Aos vinte anos, Alix perdeu os pais, a fazenda onde morava no interior da Provence e toda a esperança de ter um futuro.Sem saída e rezando por um milagre, ele surge na forma de um emprego que parece ser extraordinário: durante três meses, ela vai trabalhar em uma mansão com vista para a baía de Saint-Tropez por um salário milionário. O proprietário é Clif Forestier, um astro do cinema excepcionalmente belo, extremamente rico e cinicamente sórdido. O oposto de Nathan, um jovem comerciante sensível e cativante, por quem ela começava a sentir algo especial até que o encontro explosivo com o ator desperta em Alix sensações que ela desconhecia.O verão começa e, aos poucos, ela percebe que é apenas uma carta do baralho no qual luxo, mentiras e sexo fazem parte de um contrato que coloca muito mais do que a sua dignidade em jogo: se quiser descobrir e ganhar quem realmente ama, Alix vai precisar enfrentar os seus demônios e apostar alto. As cartas estão na mesa. Uma nova partida da "Confraria de Ases" vai começar!

Amor em Jogo é um romance da autora franco-brasileira Anaté Merger, publicado pela Ases da Literatura, disponível em formatos físico e digital. Você pode adquirir os livros nos seguintes links:

Alix é jovem e está sozinha no mundo. Além de perder a mãe, ela já não tem a propriedade da família, de onde poderia retirar seu sustento. Sem ter para aonde ir, faculdade ou emprego, ela acaba aceitando a proposta de uma velha amiga, que lhe convida a conhecer Saint-Tropez, a paradisíaca baía onde o verão traz o mais diverso tipo de gente. Até aí, tudo bem, pois Alix precisa mesmo de novos ares e um emprego decente, e por que não unir o útil ao agradável? O problema é que o lugar atrai um círculo de pessoas com comportamentos e preferências um tanto peculiares, além de envolver muito dinheiro. Logo, após a assinatura de um contrato milionário, Alix está empregada, vivendo por alguns meses em uma mansão e cercada de todo tipo de luxo. Mas é claro que nada é o que parece por ali, e ela descobre da forma mais chocante que está inserida em um jogo muito complicado…


A história é narrada em terceira pessoa, sempre mostrando ao leitor o mesmo ponto de vista que Alix, que sabe muito pouco a respeito do mundo em que acaba de adentrar. O desenrolar, a princípio, é bem comum e quase não apresenta novidades, de forma a criar algumas suspeitas a respeito do enredo, mas nada que se confirme depois, para minha grande surpresa. O fato é: a história surpreende do início ao fim, pois nada do que eu suspeitei era de fato o que estava acontecendo e esse foi, sem dúvida, o ponto alto da narrativa. Quando eu finalmente achava compreender a história, um novo acontecimento mudava completamente o seu rumo e, acredite, para melhor.

Os personagens não são os mais adoráveis, mas certas peculiaridades dão a eles um valor inestimável. Alix é extremamente ingênua (chega a dar raiva) e tem uma mania que me irritou muito: por tudo ela bate nas pessoas (sim, ela dá tapas na cara dos outros sempre que ouve algo de que não gosta). Ela é forte e aguenta bem as provações, mas como a maioria das mocinhas de livro, deve ter sido banhada em açúcar quando bebê… Nathan é um feirante muito simpático e protetor com quem Alix se envolve logo que chega à cidade. Ele tenta, o tempo todo, alertá-la sobre as locuras da temporada, mas logo a distância trazida pelo “regime de quartel” afasta qualquer chance de livrar Alix de suas suspeitas. Por outro lado, Clif Forestier é o patrão milionário, atraente e astuto que exige o cumprimento do complicado contrato. Ele é esperto e, aparentemente, maldoso o suficiente para que Alix queira se manter longe. O problema é que sua assinatura lhe obriga a manter a compostura e aguardar o término do serviço, ainda que ela seja arrasada no processo. Este poderia ser apenas mais um triângulo amoroso literário, mas acredite, não é. E parte da surpresa está aí…

Particularmente, eu esperava uma história bem diferente da que encontrei. A capa sugere algo ligado ao jogo e consequências deste, sim, mas a abordagem feita no livro é bem diferente. Alguns detalhes chegam a soar bem fantasiosos, mas são justamente estes que elevam a trama a um nível ainda mais interessante. Não é uma história leve, já que o assunto principal é bem adulto, mas a abordagem (e a escrita da autora) é tranquila e não choca, algo que até aprecio. Iniciada a leitura, foi quase impossível largá-la antes de finalizá-la, pois a curiosidade me acompanhou por todas as 376 páginas. O livro é mais do que recomendado para quem curte new adults e romances atípicos.


Sinto todo o meu corpo tremer diante do pânico que começa a paralisar os meus músculos e, nesse momento em que a razão começa a deixar espaço apenas para o desespero, eu preciso escolher entre esperar o inevitável acontecer deixando cicatrizes eternas na minha alma ou lutar usando uma última e definitiva cartada.”

7 comentários:

  1. Oi Camilla, este não me interessou no momento.
    Bjs, Rose.

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  2. Oi Camila, tudo bem? Muito obrigada pela resenha sensivel e bem trabalhada. Amei as fotos! Obrigada por tudo e vamos nos falando. Um grande abraço!

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    1. foi um prazer :*
      o próximo da lista é sagrados, que já tenho em kindle há algum tempo

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  3. Oi Camila, vc soube fazer a resenha muito bem, ao mesmo tempo que deu sua opinião me deixou muito curiosa sobre o trabalho de Alix, que provavelmente é um cassino. Fiquei muito curiosa.
    Um abç,
    Boo Nina
    http://www.rascunhocomcafe.com/2015/07/eduardo-spohr-e-sua-fantasia-brasuca.html

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    1. Pois é... era o que eu pensava, rs. Leia e surpreenda-se :)

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  4. Hello!!
    Eu tinha visto esse livro em outros blogs e pela capa eu nunca iria ler o livro, achei feia e colorida demais, acho que nao combinou o modo que foi montado, isso é opiniao minha ta?!
    Sobre a sinopse, eu de inicio nao gostei mto, uma garota cheia de problemas que recebe uma proposta de emprego que paga bem e com um astro famoso. OI? Sei la, nao me convenceu.
    Bom, olhando assim eu nao leria o livro, mas acho que o modo como os blogs tem elogiado, acho que a escrita e narrativa da autora deve ter sido mto boa e que ganha o leitor.

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    1. Pois é, a princípio também achei que a capa tinha cores demais. Ainda acho, claro, mas a leitura é tão surpreendente que nem pensei mais nisso, rs :*

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