Hoje
farei uma postagem diferente. Vou falar um pouquinho sobre um dia
muito especial em minha vida e que, nada por acaso, foi um dia que
passei numa bienal do livro. Em 2011 fui à Bienal do Livro do Rio de
Janeiro no dia 04 de setembro para ver ninguém menos que a linda
Hilary Duff. Ela estava lá para divulgar e autografar seu primeiro
livro, Elixir e, como fã da carreira dela desde novinha, não
poderia deixar de tentar vê-la de pertinho.
O dia foi
incrível. Um pouco louco demais para meu costume, mas inesquecível
também. Saí da minha cidade de madrugada para pegar um bom lugar na
fila insana que eu sabia que encontraria logo cedo. Em poucos minutos
após minha chegada, já haviam umas duzentas pessoas em fila no
portão. O problema é que aquela era a fila do portão de entrada do
complexo, mas não da entrada do stande do evento. Eu já havia
conseguido o ingresso antes, então só precisaria de passar pela
catraca mesmo, mas ainda assim, seria uma loucura. Tinha muita gente
e assim que abriram o portão, eu só via gente correndo por um campo
aberto e gramado em direção a outro lugar, eu apenas seguia o
fluxo. Nunca tinha passado por um momento tão insano quanto aquele,
juro! Pessoas caíam na minha frente e para não perder a corrida eu
tinha que pulá-las, correndo o risco de tropeçar e também cair. Eu
diria que vivi meu momento “chegada na arena dos Jogos Vorazes”,
sendo que a fila para dentro do stande era a Cornucópia e eu era um
dos dois mil tributos-fãs. Como eu disse, insano demais.
Bem, o
fato é que a editora ID, responsável pelo lançamento dos livros da
Hilary no Brasil, só iria dispor de trezentas senhas que permitiriam
ter um livro autografado e uma foto com a Hil. Logo, dos dois mil
desesperados, só trezentos conseguiriam algo. Também haveria uma
coletiva, novamente organizada por senhas, mas eu queria mesmo a
sessão de autógrafos, claro. Tudo o que sei é que nunca corri
tanto em minha vida e, assim que cheguei à fila para a entrega das
senhas e descobri que era a 188ª pessoa me senti como a ganhadora de
meu próprio elixir da juventude e vida eterna. Claro que eu ainda
corria o risco de ser assaltada nos cantos obscuros da Bienal por fãs
desesperados que não conseguiram uma senha. Tive tanta sorte, ou
ajuda do Senhor, que consegui senha até para a coletiva, fato que eu
nem esperava, mas que também me deixou nas alturas. (Assista ao minivídeo que fiz após a coletiva aqui)
A sessão
de autógrafos só aconteceria após a coletiva, então com o fim
desta, a fila daquela já estava a perder de vista. Vi muita gente
chorando por não ter conseguido senha e esperando um milagre,
rondando a fila, como se alguém fosse ceder a própria senha. Quanto
a isso, só digo uma coisa: eu dividiria a última comida no mundo,
mas não daria minha senha para ninguém naquele dia.
O momento
tão esperado passou num piscar de olhos. Lembro-me de ter falado meu
nome para ela, mas ela não entendeu, acabei soletrando devagar e
ganhando um novo livro com meu nome escrito corretamente. Ah! Ainda
tinha a foto...
Sabe
quando você apoia um ídolo por ele ser quem é, não importa o que
ele faça? Então, não posso dizer que a série Elixir é
maravilhosa, mas eu diria que fiquei surpresa com o nível da
história. Não esperava que Hilary fosse tão bem nessa empreitada,
mas ela conseguiu uma média boa em termos de qualidade. Falta um
pouco de emoção na narrativa e o enredo não se destaca em meio a
tantos outros romances sobrenaturais, mas a história tem seus
atrativos. Espero que ela surpreenda no último livro, True, e se
diferencie das outras. De qualquer forma, terei o terceiro e último
volume em minha estante.
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