Resenha: A Primeira Chance [Rosemary Beach #7] – Abbi Glines


Harlow é uma jovem incomum. Filha de um astro do rock, a garota bonita e inocente nunca se aproveita da fama do pai e prefere levar uma vida sossegada. Mas seus dias de tranquilidade terminam quando ele sai numa longa turnê de nove meses e ela vai passar esse tempo na Flórida com sua meia-irmã Nan. O problema é que Nan a odeia. Acostumada a ser o centro das atenções, ela morre de inveja de Harlow, que, além de ser a queridinha do pai, atrai os olhares masculinos por onde passa. Harlow não entende por que Nan a maltrata tanto, mas acha melhor se esconder atrás de seus livros e passar o maior tempo possível no quarto para não correr o risco de provocar sua ira. Porém seus planos vão por água abaixo quando ela esbarra com Grant Carter de cueca na cozinha. Grant cometeu um erro terrível ao passar uma noite com Nan, sua ex. Ela conhece seus pontos fracos e sabe seduzi-lo, mas ele se arrepende por ter caído em tentação. E logo no dia em que conhece Harlow, a garota que faz seu coração acelerar. Grant está desesperado para conquistá-la, mas será que destruiu suas chances antes mesmo de conhecê-la? Só o que Harlow quer dele é distância. Afinal, que tipo de pessoa se envolveria com uma criatura amarga feito Nan?

A Primeira Chance (Take a Chance) é um romance, do estilo new adult, relacionado à série Rosemary Beach, escrita pela autora Abbi Glines, cujos livros já lançados no Brasil foram publicados pela Editora Arqueiro. Para quem não sabe, Rosemary Beach é uma série de livros enorme, mas por uma boa razão: a autora gosta de escrever livros inteiros para seus personagens favoritos. Tudo começa nos livros Paixão sem limites, Tentação sem limites e Amor sem limites (e ainda, Rush sem limites), seguidos por Estranha Perfeição e Simples Perfeição. O sétimo livro da série inicia um novo ciclo de personagens, seguindo o mesmo estilo dos anteriores.

Harlow vive em meio a estrelas do rock e toda a parafernalha que acompanha a vida dessas pessoas. Ela é a filha boazinha e perfeita de um deles, superprotegida e que odeia chamar atenção. Sua meia-irmã demoníaca, Nan, faz de sua vida um inferno assim que ambas são forçadas a coabitar a mesma casa, na ausência de seu pai. Harlow acha que dá conta, se puder evitar o máximo de contato com a irmã, mas tudo fica mais difícil quando se depara com Grant. Ao contrário de Nan, Grant é uma boa pessoa, fácil de lidar e atento aos sentimentos alheios. Desde que conhecera Harlow, o rapaz ficou encantado com a beleza e a personalidade da garota. O problema é que ter um passado, ainda que superficial, com a irmã megera de Harlow não é algo simples, especialmente com ambas vivendo na mesma casa…

O livro é narrado em primeira pessoa, com capítulos intercalando os pontos de vista de Harlow e de Grant. Os personagens não têm grandes atitudes, mas não são ruins. Harlow é um pouco chata com uma mania inoportuna de se importar demais com o que os outros irão pensar dela, o que me incomodou bastante, principalmente após os momentos quentes vividos entre os dois. Já Grant é bem mais tranquilo. Desde o início conseguimos perceber que ele sabe o que quer, aliás isto é algo que eu vi desde o iniciozinho da série, quando ele era só o melhor amigo e quase irmão de Rush. O casal não é tão improvável assim, no fim das contas. O drama fica por conta da vida familiar de um deles, que acaba descobrindo uma bomba do passado, que altera toda a sua percepção da vida.

Como nos livros anteriores da série, nada na história é profundo demais, nem os sentimentos e, menos ainda, as atitudes dos personagens. A trama é ágil, descomplicada e acabamos fazendo uma leitura bem rápida. O livro termina com uma notícia bombástica, tanto para Grant quanto para os leitores, o que, naturalmente, é o gancho para a sequência, que ainda abordará o casal Harlow e Grant.

Precisava chegar à limusine. Se aquilo fosse verdade, tudo mudaria. Meu pai tinha mentido para mim a vida toda, e minha avó também. Como eu confiaria em alguém novamente?”

Eu permitira que ela me usasse, e isso me corroeu lentamente. Pensei que era bom ser necessário, que isso me daria uma sensação de propósito. Mas não percebera que havia me tornado o cachorrinho dela.”

1 comentários:

  1. Este ficou sendo o meu casal favorito, talvez porque não tiveram tantas brigas entre eles e por Grant não pensar duas vezes em defender Harlow. Espero não demorar para ler a continuação, que me deixou pra lá de curiosa.
    Bjs, Rose

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