Resenha: A Estrela dos Mortos [Supernova #2] – Renan Carvalho


Após deixar sua cidade natal, Leran está perdido em busca de uma pessoa que possa ajudar sua irmã Luana a controlar seus poderes. Enquanto foge de caçadores colocados em seu encalço, o arqueiro conhecerá novos lugares e aliados para sua jornada. Ao mesmo tempo, Tlavi, a jovem Estrela da Cura, tenta desvendar os mistérios de um criminoso capaz de erguer as forças das trevas no território pacificado do Reino Central. O caminho desses personagens está ligado pelo destino. Será que poderão lutar juntos para descobrir como vencer os novos inimigos? Conseguirá Luana despertar sua verdadeira força? Como Leran agirá diante da evolução dos poderes da irmã? É o que você vai descobrir em Supernova: A Estrela dos Mortos.

A Estrela dos Mortos é a sequência do romance nacional fantástico Supernova: o encantador de flechas, escrito por Renan Carvalho e publicado pelo selo da Editora Novo Conceito, o Novas Páginas.

 
Supernova é a típica série de livros que arrebata o leitor durante toda a leitura e deixa toda aquela expectativa gostosa que só um bom livro consegue trazer. Em O Encantador de Flechas conhecemos Leran e Luana, dois irmãos com habilidades especiais que enfrentaram muita coisa para sairem vivos de sua cidade natal. Eles perderam muita gente pelo caminho e foi só o começo. Agora, em A Estrela dos Mortos, o desafio é encontrar um forma de controlar e aperfeiçoar os poderes de Luana e, ainda, fugir de tantos outros seres que querem o mal do mundo. Ao mesmo tempo, conhecemos Tlavi, cujo estimado poder de cura pode não ser o suficiente para salvar nem mesmo aqueles que ama. Os caminhos de Leran e Tlavi acabam se cruzando graças a aliados em comum, mas a situação está tão complicada que nem mesmo tanto poder junto é capaz de afastar um mal horrível que está se espalhando pela região. Monstros comedores de carne humana estão se alastrando por todo lado, destruindo tudo o que encontram com vida, sob o comando de quem deveria zelar por aquelas pessoas… enfim, é tensão, dor e magia ao longo de todo o livro.

O livro é narrado em primeira pessoa, alternando pontos de vista de Leran e Tlavi. A linguagem é muito dinâmica e a história flui muito bem com tanta ação e reviravolta. Por já conhecer bem Leran, os capítulos narrados por ele acabam sendo mais interessantes. Tlavi não é uma personagem muito carismática e já nos é apresentada durante um momento tenso, portanto tudo o que vemos dela é seu lado forte e de estrito cumprimento do dever. Seu passado é muito bem explicado e ajuda na compreensão do que Leran e Luana estão vivendo. Como no primeiro livro, o desenrolar ocorre tão bem e com um ritmo tão frenético que, quando paramos para pensar já lemos até a última página. O desfecho é digno de um segundo livro, claro. Este já trouxe personagens queridos e caminhos a serem tomados, mas tudo pode acontecer quando não se conhece as verdadeiras intenções daqueles que se dizem aliados.

Sou suspeita para falar, pois consegui gostar ainda mais desta sequência após ter amado o primeiro livro. Como se não bastasse a trama bem detalhada, o livro possui uma diagramação linda, com direito a ilustrações muito legais. Ainda não sei a respeito de uma previsão para a sequência, mas já posso dizer que o final da série será muito aguardado. Recomendo Supernova a todos que curtem romance e fantasia com ares de distopia.

“– Eu te protegi durante todo esse tempo. Te mantive escondida para que ninguém se aproveitasse do seu dom (…). Mas sei que agora você pertence a algo muito maior. Sua enregia vai curar o mundo. As velhas feridas do seu pai não merecem tamanha atenção. Seria egoísmo demais de minha parte.”

O pior é que, mais uma vez, alguém morre por minha causa. Estava preso porque foi me salvar, foi atacado por crias que, de certa forma, foram trazidas a Nuanto por mim. Quantos ainda vão morrer? Quantos verei cair na minha frente?”

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