Resenha: A Voz do Arqueiro – Mia Sheridan


Cada livro da coleção Signos do Amor é inspirado nas características de um signo do Zodíaco. Baseado na mitologia de Sagitário, A voz do arqueiro é uma história sobre o poder transformador do amor. Bree Prescott quer deixar para trás seu passado de sofrimentos e precisa de um lugar para recomeçar. Quando chega à pequena Pelion, no estado do Maine, ela se encanta pela cidade e decide ficar. Logo seu caminho se cruza com o de Archer Hale, um rapaz mudo, de olhos profundos e músculos bem definidos, que se esconde atrás de uma aparência selvagem e parece invisível para todos do lugar. Intrigada pelo jovem, Bree se empenha em romper seu mundo de silêncio para descobrir quem ele é e que mistérios esconde. Alternando o ponto de vista dos dois personagens, Mia Sheridan fala de um amor que incendeia e transforma vidas. Archer pode ser a chave para a libertação de Bree e ela, a mulher que o ajudará a encontrar a própria voz. Juntos, os dois lutam para esquecer as marcas da violência e compreender muito mais do que as palavras poderiam expressar.

A Voz do Arqueiro (Archer's Voice) é o primeiro livro da série Signos do Amor, recém lançado pela Editora Arqueiro no Brasil e escrito pela autora Mia Sheridan. Trata-se de um romance do gênero new adult e, como tal, enreda um drama profundo e o encontro de duas pessoas completamente desesperançosas com o futuro, que buscam apenas sobreviver ao mundo que já lhes tirou tanto.

Conheci A Voz do Arqueiro algum tempo antes de a Arqueiro anunciar que publicaria o livro. Na época, achei a história linda e profunda, diferente de boa parte dos livros do gênero, que costumam possuir um alto teor de drama, mas pouquíssimo aprofundamento. Agora, com o livro em mãos, posso dizer que a história é mesmo muito bonita, com personagens encantadores e um fundo que faz muito sentido.

Bree acaba de chegar a uma cidadezinha bem especial: tranquila e paradisíaca. Ninguém precisa saber que a garota que alugou um chalé charmoso e descolou uma vaga de garçonete está, na verdade, buscando mais do que sustento e sossego. Ela está fugindo de algo, melhor dizendo, tentando superar um trauma terrível (e por terrível, entenda, é terrível mesmo). A forma como ela conhece Archer é um pouco boba, mas a marca que ele deixa nela é só um indício de um mistério envolvendo a família mais importante da cidade, os Hale. Logo, Bree se vê questionando moradores a respeito do estranho rapaz e acaba chegando muito perto do lugar onde ninguém nunca vai: a casa de Archer. Ao contrário do que aparentava, Archer não é um mistério de propósito, na verdade, ele é mudo e foi criado por uma pessoa um tanto diferente das ideias, o que dificulta bastante sua relação com o mundo fora de sua propriedade. Bree descobre que a população de Pelion desistiu de Archer há muito tempo, por razões que nem mesmo os mais antigos moradores compreendem. É então que ela começa a mudar o rumo da história de Archer.

O livro é narrado em primeira pessoa, intercalando os pontos de vista de Bree e Archer. Há um forte apelo emocional nesta história, um muito válido, aliás, por isso conseguimos entender os personagens logo nas primeiras páginas. Com o desenrolar da trama, naturalmente, novos problemas até surgem, mas para mim, o clímax acontece assim que os dois compartilham suas histórias um com o outro. Ainda encontramos “mais do mesmo” na descrição dos personagens, especialmente na de Archer, que é a verdadeira imagem da perfeição, não só para Bree, mas para a maioria das mulheres da cidade (embora ninguém tenha se dado o trabalho de mostrar que o notara antes de Bree fazer o alarde). O romance dos dois é bonito exatamente por causa de suas tragédias. No final, há uma bela pegadinha da autora (bela no modo de falar, já que eu odeio esse tipo de coisa, mas acho que a maioria dos leitores valoriza esse tipo de desfecho).

A respeito do título, alvo de algumas reclamações de vários leitores, minha opinião é bem contrária. É claro que a editora sabe que Archer como nome próprio não deveria ser traduzido, mas a questão aqui é facilitar a correlação com os próximos livros da série. Já que a mesma é escrita de acordo com signos do zodíaco, o arqueiro em questão é Sagitário, signo de um personagem do livro. Então, por favor, vamos questionar coisas que realmente sejam necessárias, não o marketing escolhido pela editora para nos permitir ligar um livro a outro. A propósito, ao que parece, as histórias de cada livro seram independentes entre si, até mesmo com relação aos personagens, ou seja, não encontraremos personagens principais que outrora foram secundários em livros anteriores e, se eu não me engano, os livros nem mesmo precisam seguir uma sequência de publicação/leitura.

Aquela foi a primeira vez na minha vida em que alguém ficou envergonhado diante de mim. As pessoas já haviam se mostrado constrangidas por minha causa, mas nunca por algo que houvessem feito na minha frente. Aquilo fez com que eu me sentisse uma pessoa de verdade, Bree. Fez com que eu sentisse que alguma coisa em mim tinha alguma importância.”

Você é uma pessoa de verdade, Archer. É a melhor pessoa que eu conheço.”

7 comentários:

  1. Camilla, eu não sou muito favorável quando o gênero do livro é um New Adult. Apesar dos meus desagrados sobre o gênero, não pude deixar de me encantar por ambos os personagens, Bree e Archer, e seus traumas terríveis que os rondam. A trama parece bem interessante para quem curte este tipo de leitura, mas A Voz do Arqueiro vai ficar como uma leitura mais para o futuro, no meu caso.

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  2. Eu estou louca pra ler esse livro. Até agora eu não vi uma pessoa que não gostou. Nunca li nenhum livro em que o protagonista é mudo, e estou bem curiosa pra conhecer. Esse livro está no topo da minha lista de desejados, e tenho certeza que também vou gostar dele, mesmo que a descrição dos personagens não seja nada inovadora...
    Amei a resenha Camilla *-*
    Bjss.

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  3. Eu amo New Adults, e com certeza já estava doida pra ler esse livro. Agora minha vontade só aumentou mais ainda. Mesmo que a descrição personagens seja mais do mesmo, eu achei bem diferente pelo Archer ser cego.
    E toda a história dele parece ser ótima. A respeito do título eu preferia que não tivessem traduzido, mas realmente desse jeito facilita para os próximos livros.

    Beijos!

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  4. Eu li mesmo que os livros não vão precisar serem livros em sequência, o que eu acho ótimo. Gostei da capa e do enredo, espero ler em breve.
    Bjs, Rose.

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  5. Como adoro coisas relacionadas ao zodíaco adorei essa série Signos do Amor, e quero muito ler A Voz do Arqueiro, achei super interessante o protagonista ter as características do signo, quero ler toda a série e estou aguardando ansiosamente o lançamento sobre o livro do meu signo.
    Sua resenha está muito boa.

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  6. OEEEEEEEEEEEEE CAMILLA to de vouuuuta -qq
    ai aiaiaiaiai eu quero tanto ler esse livro pq o que tinha me chamado atenção era que o mocinho é mudo E ISSO NUNCA EU LI NA VIDA, já pontos ai
    e gosto de uma tragédia, ah se gosto, então pretendo em breve adquirir esse bendito e chorar pitangas HUUeuauuhUAEUAE
    e fiquei muito curiosa com a pegadinha que a autora faz e-e DEUS ME AJUDA PRECISO COMPRAR ESSE LIVRO T-T

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  7. Hei Camilla!
    Eu amooo New Adult e comprei o livro ontem! hahah..esperando chegar e já vi que vou fazer coleção dessa série, esperando pelo signo.
    Fiquei bem curiosa com as historias de Bree e Archer e de como eles ficam juntos.
    E vc tem razão, o pessoal reclamou da tradução do nome, mas fez mais sentido ter colocado Arqueiro mesmo para remeter a sagistario. Mta gente nao sabe ingles ou nao entenderia.
    Esse vou ler com certeza!
    Beijos.

    https://meumundinhoficticio.blogspot.com.br

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