SSMovie: Cidades de Papel


Título original: Paper Towns
Estreia: 9 de julho
Direção: Jake Schreier
Roteiro: Scott Neustadter
Adaptado de: Cidades de Papel (Paper Towns), um livro de John Green
Elenco: Nat Wolff, Cara Delevigne, Justice Smith, Austin Abrams, Halston Sage, Jaz Sinclair, Cara Buono.
Em Cidades de papel, Quentin Jacobsen nutre uma paixão platônica pela vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman desde a infância. Naquela época eles brincavam juntos e andavam de bicicleta pelo bairro, mas hoje ela é uma garota linda e popular na escola e ele é só mais um dos nerds de sua turma. Certa noite, Margo invade a vida de Quentin pela janela de seu quarto, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita. Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola, esperançoso de que tudo mude depois daquela madrugada e ela decida se aproximar dele. No entanto, ela não aparece naquele dia, nem no outro, nem no seguinte. Quando descobre que o paradeiro dela é agora um mistério, Quentin logo encontra pistas deixadas por ela e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele pensava que conhecia.

Quando soube que mais uma adaptação de livro do John Green vinha por aí, logo pensei que seria mais do mesmo. John Green é um fofo, mas não vou dizer que gostei de tudo o que já li, afinal, só tive vontade de ler dois livros seus: A Culpa é das estrelas (que amei) e Quem é você Alasca? (que não curti muito). Cidades de Papel até me atraiu na época de seu lançamento, mas não o suficiente para querer ler o livro. Com a chegada do filme aos cinemas, decidi assistir primeiro e cogitar uma futura leitura. Pois bem…

O filme é hilário! Não sei se é isto que devo começar compartilhando com vocês, mas uma das coisas que mais admiro em John Green é a marcante irreverência na hora de abordar assuntos tensos ou polêmicos. Cidades de Papel não está diferente. Eu não sei como é o livro, mas a adaptação, sem dúvida, permitiu que a história (que eu não havia engolido na sinopse) se desenvolvesse de forma majestosa, e claro, divertidíssima. 
 
Quentin é o típico garoto que vai à escola para estudar, não mata aula e só existe para os professores e seus dois únicos amigos, Radar e Ben. Ele sente alguma coisa por Margo, mas ela parece ignorá-lo há anos, até que uma noite invade seu quarto pedindo ajuda para uma missão. Tal missão é mais um detalhe sobre a garota, acostumada a fazer o que quer quando bem entende, movida por impulso e uma necessidade de desvendar ou ser mistérios. A personalidade dela é exatamente como eu imaginava: egoísta. Tudo o que ela faz visa seu próprio interesse, mas Quentin, surpreso por ela tê-lo procurado, só consegue enxergar a garota linda e misteriosa que ele deseja em segredo. Quando Margo desaparece, aparentemente sem deixar rastros, ele começa a perceber pequenas pistas (um dos jogos favoritos da garota) que, segundo ele, podem levá-lo até ela. E é bem aí que a história começa.


Ao contrário do que possa parecer, Cidades de Papel não é uma história de amor não correspondido. A abordagem principal é a amizade. A jornada de Q só se torna possível porque pessoas como Ben e Radar estão lá, lhe apoiando e encontrando caminhos que nem ele percebe. Eles se esforçam para ajudar Q o tempo todo, embarcando com ele na road trip que pode, ou não, levá-los até Margo. Aliás, nem mesmo a própria Margo, que não confia em ninguém, escapa da lealdade de um amigo. A procura de Quentin é marcada por momentos hilariantes, a ponto de deixar o cinema em ponto de ebulição com tantas gargalhadas (eu gritei em uma cena absurdamente bizarra porque rir não era suficiente). A frustração e atitude do personagem principal no decorrer da trama foi o que mais me irritou na história. A chatice de Margo é esperada, mas a cegueira de Quentin perante uma situação onde, claramente, ele poderia se considerar uma pessoa de sorte por contar com gente tão dedicada, me incomodou muito (uma boa razão para continuar sem muita vontade de ler o livro). 
 
Basicamente, a história consegue atingir vários pontos. É possível refletir, se encantar, morrer de rir e, ainda, sentir raiva, com o filme. Há várias cenas especiais que eu poderia citar por aqui, mas não posso estragar as surpresas, então… só o que posso dizer é: não pisquem. Cada cena, diálogo ou expressão corporal consegue passar emoções incríveis. Fiquei encantada por uma, em especial, onde os personagens começam a cantar uma musiquinha que é uma velha e querida conhecida do pessoal que teve infância nos finalzinho dos anos 90. Fiquem atentos também com a presença ilustre de um personagem inesquecível na vida de qualquer fã de outro livro do John Green, rs.
Recomendo o filme a qualquer um. Vale cada segundo :)

De perto tudo é mais feio.”

4 comentários:

  1. Oi, tudo bom?

    Confesso que não fiquei tão curiosa pelo filme, porque como não li o livro não sabia muito bem sobre o que era. Preferi assistir Jurassic World primeiro. Pretendo ler o livro e depois assistir ao filme. Fico feliz que tenha gostado da adaptação :}

    Beijos,
    www.estantedarob.com.br

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    1. então, eu preferi ver o filme e não me arrependi. Talvez dê uma chance ao livro também, em outro momento :)

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  2. Oi Camilla,
    Esse filme chegou para mostrar que o mercado cinematográfico teen, ainda tem salvação.
    Também não tinha engolido a sinopse, mas no longa as coisas parecem ter feito sentido, de uma forma estranha, mas fizeram.
    "Cidades de Papel" me despertou tanta coisa, que fica até complicado colocar tudo em palavras, mas o principal, além da amizade mostrada de uma forma simples e bonita, foi que as pessoas não são como imaginamos ou queremos. Me lembro da letra da música "Me Adora" da Pitty: "Não importa se eu não sou o que você quer. Não é minha culpa a sua projeção". Pois é verdade, projetamos ideias nas pessoas que quase sempre não correspondem ao ideal. Isso que estávamos conversando minutos antes do filme começar, não é? Rsrs
    Cada um enxerga as coisas da forma que quer.
    É aquele filme, que com certeza vou querer o DVD para assistir novamente. :)
    Beeijos
    Beatriz Baesso
    https://claquetegirls.wordpress.com/

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    1. Sim. Acho que a coisa toda foi brilhante mesmo. Conseguiu me conquistar :)

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