Resenha: Paternood – Mariana Baptista


De alguma maneira alheia a seus conhecimentos, Aline Paquesse, uma jovem paulista de 17 anos, passa a visitar, todas as noites em seus sonhos, uma vila mágica e desconhecida chamada Paternood. Adotando o nome de Malec, a garota passa a conviver com os seres surpreendentes e os nada convencionais habitantes da vila e acaba descobrindo, os poucos, que um mistério do passado, envolvendo uma guerreira desaparecida, pode fazer parte, também, de sua história pessoal. Mas o que fazer quando os sonhos começam a interferir na realidade mesmo quando se está acordado?

Paternood é uma ficção fantástica nacional, escrita pela Mariana Baptista e publicada pela Sollo Editorial. O universo de Paternood envolve a incrível viagem ao mundo dos sonhos e seus lugares fantásticos, bem como a dificuldade de se evitar a colisão entre este mundo e a realidade. O livro encontra-se em pré-venda e você pode comprar o seu no link abaixo:


Aline é uma garota comum, vivendo os dilemas naturais do fim da adolescência e arquitetando planos para o futuro. Ela tem família e amigos para amar e, bem, as típicas inimizades que toda garota normal pode possuir, neste caso, uma colega de escola insuportável. Naturalmente, sua vida não é mesmo recheada de ação e fantasia. Isto, claro, até conhecer Paternood. Em uma noite qualquer, enquanto dormia, Aline se viu em um estranho vilarejo, habitado por seres fantásticos. A partir deste dia, todas as noites, ainda em seus sonhos, ela surge no mesmo lugarejo, passando a viver diversas situações peculiares e a desvendar um mistério acerca do passado de Paternood. Por alguma razão, neste lugar, ela é Malec e não Aline, embora tenha certeza de que tudo não passa de um sonho muito curioso, uma parte dela deseja saber mais e mais a respeito dali. Infelizmente, mesmo no sonho, nem tudo é belo e colorido e, logo, Aline se torna alvo de uma estranha conspiração. Normalmente, isto não significaria problemas reais, afinal, tudo o que ela precisa fazer é acordar e viver sua vida no mundo real, mas um acontecimento terrível põe à prova tudo em que acreditava. Será que seus sonhos estão realmente distantes da realidade?

Paternood é narrado em primeira pessoa pela personagem Aline, que nada mais é que uma garota normal buscando refúgio nos sonhos após um dia cansativo. Desde o início, ela se mostra dona de uma personalidade curiosa e mentalidade aberta, estando sempre disposta a procurar respostas. Sua vida pessoal, com a correria do dia-a-dia escolar e as constantes desavenças, na verdade, é bastante comum. Além de uma família agradável, Aline possui um grande carinho pelo melhor amigo, Lucas, que é, também, um personagem encantador com sua inteligência e calma ao lidar com a garota e suas encrencas. Já não se pode dizer o mesmo da vida em Paternood, onde tudo é surreal e, como ela mesma descreve, cheio de cores e vida. Definitivamente, o mundo de Aline se transforma assim que ela percebe que seus atos em sonho podem trazer consequências para sua realidade e é então que as coisas se complicam.

A princípio, a história segue um ritmo tranquilo e sem reviravoltas. No entanto, o decorrer das descobertas acerca do vilarejo implicam também nos perigos. A verdade é que ser Malec parece significar algo mais do que uma simples viajante... Logo, a necessidade de se defender de eventuais problemas, faz com que Aline se aproxime ainda mais de alguns dos personagens de sua imaginação e, lhe desperta a guerreira que jamais imaginou ser, mesmo em sonho. Assim que o ritmo da narrativa se intensifica, percebemos o amadurecimento da garota, agora determinada a defender a si e àqueles que ama.

A leitura é muita rápida, mas infelizmente, termina em um momento crucial, logo após um colapso da personagem, deixando para a sequência, Tephira, um gancho daqueles. Por se tratar de um tema realmente interessante, não há limites para o que quer que venha a seguir. Ainda que todos os acontecimentos nos levem a crer que não passam de um sonho recorrente, o enredo consegue transformar uma série de coincidências em fortes argumentos para se manter acordado e, mais do que nunca, os mistérios de Paternood passam a influenciar a normalidade da vida de Aline. Nem sempre se sai dos sonhos acordando... 

6 comentários:

  1. Oi, Camilla!
    Ainda não conhecia esse livro, mas a premissa dele se parece bastante com a d'O Reino das Vozes que não se calam. Me deixou curiosa.
    Adorei a resenha.
    Beijos

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    1. Sim! Li As Vozes. depois de Paternood é também lembrei bastante, mas só pela viagem, pois o enredo é bem diferente, focado em um mistério mais confuso com a realidade.

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  2. Oi Camilla!
    Achei super diferente a premissa desse livro, acho que nunca li nada que abordasse um mundo de sonhos.
    Gostei muito da resenha!
    Beijos,

    Priscilla
    http://infinitasvidas.wordpress.com

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  3. Ai que legal mais um livro nacional que promete ser um sucesso.
    Eu adoro esses temas de fantasias, mas confesso que tema que envolve dormir e viajar no sonho eu não gosto. Na verdade vi um filme de terror há muito tempo atrás e desde então tenho medo desses assuntos, sei que parece bobeira, mas sempre fui muito medrosa.
    No entanto o livro agrada em vários aspectos, como é um sonho a autora é livre para criar situações e personagens surreais e gostei de saber que a leitura é rápida, pelo jeito vicia, hehe.
    Espero que a série tenha seu merecido reconhecimento, para os leitores que vao ler, já sei que com certeza rola aquela ansiedade pelo próximo, ainda mais com um final aberto. =)

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    1. haha, sonho e realidade misturados complicam nossa vida, ne? haha
      Eu adoro, mas tb não desejo viver uma situação dessa pra vida não. Sonho cada coisa bizarra, que é melhor ficar só nos sonhos mesmo :)

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