O primeiro amor, a inocência perdida, e a beleza que pode ser encontrada até nas circunstâncias mais perversas. Sphinx e Cadence — prometidos um ao outro na infância e envolvidos na adolescência. Sphinx é meiga, compassiva, comum. Cadence é brilhante, carismático — e doente. Na infância, ele deixou uma cicatriz nela com uma faca. Agora, conforme a doença de Cadence progride, ele se torna cada vez mais difícil. Ninguém sabe ainda, mas Cadence é incapaz de ter sentimentos. Sphinx quer continuar leal a ele, mas teme por sua vida. O relacionamento entre os dois vai passar por muitas reviravoltas, até chegar ao aterrorizante clímax que pode envolver o sacrifício supremo.
Matando
Borboletas (título original: Breaking Butterflies), escrito por M.
Anjelais, lançamento da Verus Editora, é um romance juvenil que
aborda temáticas como transtornos antissociais e relacionamento
familiar. Não chega a ser um livro pesado, mas não é cores e
borboletas, como a capa poderia sugerir.
Encontrei
esse livro numa livraria; nunca tinha ouvido falar da história,
visto a capa ou qualquer coisa relacionada, mas foi amor à primeira
vista. Um amor bem bizarro, pois para quem não sabe, sofro de
motefobia, isto é, tenho pavor das inofensivas (para vocês)
borboletas/mariposas. O que isso tem a ver? Bem, foi justamente a
capa com essa borboleta em tons de tinta roxa e azul que me atraiu. A
sinopse também ajudou, claro, e saber que a capa escondia a
verdadeira e brilhante temática da história foi o ponto de partida
para minha certeza: eu precisava desse livro. Passada toda a euforia
da compra, descobri que o livro era completamente diferente de
qualquer coisa que eu poderia ter imaginado. Para quem gosta de
psicologia, psiquiatria ou qualquer assunto ligado aos transtornos da
mente humana, o livro é, certamente, uma ótima pedida de
ficçãoxpsique. Agora, chega de enrolação e vamos à resenha.
Sphinx
e Cadence cresceram juntos sendo filhos de duas melhores amigas.
Antes mesmo de serem concebidos, suas mães já haviam prometido um
ao outro, de forma que o nascimento de ambos, com diferença de
meses, só veio a confirmar tal ideia. Enquanto Sphinx foi uma
garotinha tranquila e nada excepcional, Cadence foi o menininho
brilhante, perfeito em tudo o que fazia e autosuficiente em matéria
de sentimentos. Aos 5 anos, um episódio com uma bela borboleta
deixou uma pista para quem quisesse ver: a frieza nos olhos azuis de
Cadence poderia ser algo mais…
“Ele era um excelente artista mesmo quando pequeno. Enquanto eu estava apenas começando a desenhar pessoas de palito, ele desenhava retratos incríveis, como uma criança prodígio. (...)enquanto eu ainda balbuciava e falava como bebê, ele surpreendia as pessoas com longas frases e fala perfeita; enquanto eu me agarrava à minha mãe, ele era totalmente independente e sempre conseguia o que queria.”
A
narrativa se apresenta em primeira pessoa, sob o ponto de vista de
Sphinx. Após um evento terrível, que forçou a separação dos
personagens, a vida da garota vai bem, na medida do possível. Ela
ainda luta para esconder a cicatriz que a demarcou como a uma cabeça
de gado, e ainda é a pessoa nada excepcional de sempre. Ela não vê
Cadence há muito tempo, o que é interessante, pois suas lembranças
lhe obrigam a pensar nele com mágoa, ainda que uma parte dela sempre
pareça desejar algo daquele garoto cheio de luz e trevas. Tudo muda
quando ela decide atravessar o oceano para encontrá-lo, agora que
ele está extremamente doente. Só então começamos a pensar no grau
de anormalidade que ela esconde…
Cadence
ainda é frio, não sente remorso, apatia ou conhece qualquer emoção
a fundo, mas algo está acontecendo. De alguma forma, a presença de
Sphinx é crucial para o que quer que ele esteja desejando encontrar.
Mesmo doente, ele consegue subjugar Sphinx a ponto de não restar
muito dela, a não ser medo. Mas o ponto é: ela jamais foi obrigada
a tolerá-lo. Tudo o que ela precisa fazer é voltar para a segurança
de sua casa, ao lado de seus pais. Simples, mas não para ela. Sphinx
quer estar ao lado de Cadence; quer vê-lo reagir a ela ao tentar
copiar suas emoções. Mesmo sabendo o grau de periculosidade do
garoto, ela ainda se mantém ali, sob o mesmo teto, aceitando as
migalhas de seu olhar ocasional. Esquisitíssimo, mas brilhante. Para
mim, não é a condição patológica/psicológica de Cadence que
impressiona no livro, mas a resposta de Sphinx a tudo o que ela vive
ao lado dele.
Quando
terminei o livro, não sabia muito o que pensar. O final não foi o
que eu esperava, definitivamente. Ele foi o que eu chamaria de
água-com-açúcar, pois a história tinha muito mais a oferecer.
Entretanto, as atitudes de Cadence conseguiram passar tudo o que a
caracterização do personagem exigia. O livro não é nenhum
thriller, algo que até o finalzinho eu esperava que fosse. Na
verdade, é mesmo uma história juvenil abordando um assunto um tanto
polêmico, de forma mais leve, sem que se cause um grande mal-estar.
Provavelmente, será um daqueles livros nos quais você passa toda a
leitura sussurrando: sai daí, guria; ficou louca?; no que você está
pensando, Sphinx?; e por aí vai...
A
diagramação está linda, sem dúvida. Além da figura da capa, as
cores utilizadas na lombada e nas orelhas possuem uma importante
ligação com a história, que só o leitor irá perceber.
Borboletinhas estão espalhadas por todo o livro; até mesmo nas
páginas. Considero este livro, em termos de arte de capa e
diagramação, um dos mais bonitos que conheço.
“Todo mundo adorava os olhos de Cadence, as pessoas sempre diziam como eles eram lindos, como eram diferentes. Como eram completamente fora do comum. Às vezes, pensei, ser comum é melhor. Foi a primeira vez na vida que eu percebi que algo pode ser tão incomum a ponto de estar quebrado, tão extraordinário que significa que há algo errado ali.”
Minha amiga tem esse livro, quero ler muito. Adoro borboletas, apesar do título ser mal :(
ResponderExcluirÉ só um detalhe, rs
ExcluirOi Milla!
ResponderExcluirRealmente, coloquei esse livro na lista de desejados e vai continuar sendo, porque sua resenha só me instigou mais. Seu comentário sobre a finalização do livro me fez lembrar de Garotas de Vidro, que aborda o tema anorexia e bulimia entre adolescentes, ele teve um desenvolvimento tão real e doloroso que no final a autora quis dar uma suavizada sendo que eu esperava algo mais dramático ~nathália
www.livroterapias.com
Nossa, tenho garotas de vidro há séculos e até hoje não animei pq achei que seria muito hard. Vou dar uma chance então :)
ExcluirSocorroo!! Não sei o que dizer. Depois de ler sua resenha fiquei curiosa para saber qual o rumo dessa história. Não parece ser um romance e isso faz eu pensar que talvez eu goste, porém tenho certo receio de Thrillers, mesmo vc dizendo que este não é, eu senti como se fosse. Como se algo estivesse a espreita atrás da porta pronto para pular e fazer desgraça. Bom, acho que minha curiosidade irá superar esse receio, bem provavelmente eu vou querer ler, mas vou precisar de um tempo para ter certeza ($$$) se é que me entende rsrsrs. Adorei a resenha Camis :)
ResponderExcluirParece mesmo um thriller. Você vai ter essa sensação até o final, só não vai ser pega de surpresa. Não tanto, pelo menos... :)
ExcluirQue capa linda!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirQue cara louco, fiquei curiosa com essa dupla estranha. Vi esse livro na loja outro dia e quase comprei, agora ja sei que vou querer.
beijos
Carol
Vale a leitura :)
ExcluirPela premissa do livro, essa capa engana mesmo, hein?!
ResponderExcluirFiquei curiosa para conhecer os personagens. Principalmente a Sphinx e saber o motivo dela ir atrás de Candece.
Beijos
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Engana sim :)
ExcluirTambém não conhecia, mas parece bem legal.
ResponderExcluirA estória parece densa e bem intensa. Acho que no fim a gente fica até emocionada..
O Outro Lado da Raposa
Acho que sim, há uma virada interessante
ExcluirJá ouvi falar desse livro. A capa é linda e o título deveras chamativo, mas estou fugindo de livros com final previsível, sei lá... tô querendo que tudo me surpreenda para se tornar especial. Mas leria... no futuro.
ResponderExcluirBeijos,
Monólogo de Julieta
Não acho que tenha sido previsível, pelo contrário, esperava que fosse mais pesado.
ExcluirOi!
ResponderExcluirLembro de ter visto o lançamento do livro mas não li a sinopse. Pelo que vi da resenha é muito bom, apesar dos pesares que tu citou.
Abraço!
Leitura Fora De Série
É bom sim :)
ExcluirNao conhecia este livro, mas a resenha não deixou a desejar... que sabe um dia eu leia? pq estou com mts livros pra ler
ResponderExcluirFila interminável... sei como é, rs :)
ExcluirPoh nem fala, meu caderninho ta pedindo help de tanto livro que tem! Tenho uns 10 pra ler já comprados e já estou providenciando outros haha
ExcluirOi tudo bom?
ResponderExcluirAi esse livro tem cara de que vou chorar, não sei por que kkk Vou conferir então pra saber se é bom assim,
Beijos
http://penelopeetelemaco.blogspot.com.br/
Acho que vai fazer é raiva, rs :)
ExcluirAdorei a resenha. Desde que a Verus divulgou a capa/sinopse do livro que eu fiquei louca para lê-lo e seus comentários só me deixaram mais curiosa. Confesso que estava esperando algo mais dramático e profundo, mas pelo menos agora não vou correr o risco de me decepcionar por ver uma abordagem um pouco mais leve do tema.
ResponderExcluirBlog | Paixonites Literárias Xx
Até é um bom drama, mas não chega a ser profundo por causa das atitudes da personagem mesmo...
ExcluirOu seja, no final eles ficam juntos é isso?!
ResponderExcluirCara vou te confessar uma coisa, eu comecei a ler a resenha, pois achei que este livro não ia me interessar em nada, nadinha mesmo. E devo confessar agora que muito pelo contrário fiquei curiosissima pela história (futura psicóloga ainda por cima). E aos 5 anos o que ele fez oi matar uma borboleta é isso? E outra coisa o livro explica o porque de toda essa maldade dele?! Eu sei, eu sei estou querendo saber demais kkkk mas é que fiquei interessada mesmo.
Inquietudes Secretas
Menina, tem muita coisa nesse livro! Só lendo pra você entender e super recomendo para a galera da psicologia. Não cursei isso, mas já quis muito e foi o que mais me chamou atenção, essa parte psicopatologias... enfim, não é nada óbvio, pode acreditar!
ExcluirNossa, que nomes mais estranhos esses dos protagonistas, Sphinx e Cadence. Tive até dificuldade de saber quem era a menina e o menino, hehe.
ResponderExcluirEntão, eu não entendi muito bem a sinopse , mas a sua resenha está muito boa e entendi melhor.
Sinceramente não me agradou muito a estória, que amor é esse gente?! Achei meio estranho da parte dela, o Cadende é todo estranho e até machuca ela e mesmo assim ela fica querendo ficar com ele?? Ah não, cade amor próprio?
Bom, posso ter entendido errado, não sei...mas não gostei muito da estória.
haha, é verdade, os nomes são loucos, cheguei a achar que eram 2 meninas e tive que reler a sinopse pra entender. Pois é, a grande cartada do livro é justamente isso, a reação de Sphinx perante o mundo. Dá raiva mesmo :)
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