COMO LIVRAR A TERRA DE 7 BILHÕES DE HUMANOS? TIRE A HUMANIDADE DELES. Cassie Sullivan e seus amigos sobreviveram às quatro ondas de destruição provocadas pelos Outros. Agora, com a raça humana quase exterminada e a 5ª Onda encobrindo a Terra, os sobreviventes devem escolher: encarar o inverno e esperar o retorno de Evan Walker ou partir à procura de abrigo antes que o inimigo os alcance. Porque o próximo ataque é mais do que possível – ele é inevitável. Os homens ainda não viram as profundezas até onde os Outros podem descer nem os Outros viram a que alturas a humanidade pode se erguer. Esta é a derradeira batalha entre vida e morte, esperança e desespero, amor e ódio.
O
Mar Infinito não é apenas a aguardada sequência da distopia A 5ª
Onda, é também o volume que transforma a perfeita trama distópica
em uma história mais obscura, cruel e cheia de reviravoltas. Vou
tentar me explicar sem precisar falar muito, mas já aviso: os
segredos desvendados no livro me deixaram em choque. O livro é um
recente lançamento da editora Fundamento. Não recomendo a leitura
da resenha àqueles que ainda não leram o livro anterior e, caso
tenham interesse, sugiro que leiam a resenha de A 5ª Onda primeiro.
“Isso não tem a ver com exterminar o planeta para tirá-lo de nós, Ben. Isso é sobre exterminar a gente.”
No
primeiro livro, conhecemos a trajetória de Cassie, considerada, até
então, o último ser humano vivo na Terra. Após as terríveis
investidas de alienígenas sem rosto, ela estava sozinha e
desiludida, mas também buscava por seu irmãozinho, mesmo achando
que ele não sobrevivera. Ao longo do livro, Cassie voltou ao passado
para nos deixar a par dos acontecimentos, mas tudo o que ela sabia
era que o fim do mundo havia chegado em escalas. A 1ª onda fritou a
tecnologia terrestre, deixando todos os seres humanos no escuro; a 2ª
onda foi, literalmente, marcada por terremotos e tsunamis; a 3ª
dizimou 99% da população mundial com a peste; já a 4ª trouxe a
desconfiança: os poucos que restaram deixaram de ser confiáveis...
quando a 5ª onda chegou, Cassie não sabia bem o que estava
acontecendo, mas sabia que algo ainda mais bizarro estava por vir.
Com o enredo perfeitamente sinistro e capaz de despertar as maiores
dúvidas a respeito dos personagens, terminei A 5ª Onda com uma
certeza: não poderia haver ser vivo terrestre mais assustador do que
os cruéis alienígenas da história. Bem, quando a leitura de O Mar
Infinito começou a tomar forma para mim, acredite, não poderia ter
sido melhor.
“Há algo contraditório aqui. Uma existência virtual não precisa de um planeta físico (…) Qualquer que seja o objetivo, diz ele, a questão principal é que eles querem todos mortos.”
Cassie
é um dos últimos seres humanos sobreviventes ao apocalipse
alienígena. Por alguma razão (tal razão se chama Evan Walker), ao
lado de um pequeno grupo de pessoas, consegue fugir das suspeitas
instalações militares, que deveriam ser um refúgio e não um
laboratório bizarro de humanos assustadores. Logo, o segundo volume
da série se inicia após essa fuga. Ao passo que o grupo procura as
melhores alternativas de esconderijo, também descobre que seus
temidos algozes estão utilizando cada vez mais requintes de
crueldade para terminar o trabalho que começaram com a 1ª onda. O
grupo está ferido, assustado e encurralado e, sem Evan, Cassie se
sente um pouco perdida e enlouquecida, tudo porque ainda espera que
ele tenha sobrevivido. De certa forma, Cassie não é a única a
sentir falta de Evan (que tanto amei no primeiro livro), mas a
ausência dele é quase suprida pelas suas razões, bem como pela
animosidade de Zumbi, que até parece outro personagem, tamanha
mudança que vem sofrendo após tanta desventura.
“- Eles cometeram um erro grave – ele falou abruptamente -, os grandes canalhas, quando não mataram você antes de todos.- Benjamin Thomas Parish, esse foi o elogio mais doce e mais bizarro que alguém já me fez.”
A
maior parte do livro é escrita em 1ª pessoa, sob os pontos de vista
de Cassie e Especialista. No entanto, o livro também é narrado em
3ª pessoa, mostrando os passos de outros personagens, como Zumbi
(personagem queridíssimo do primeiro livro), inclusive seus
pensamentos. Esta forma de narrativa traz um certo dinamismo e
elimina qualquer possibilidade de tornar o texto cansativo, pois a
cada parte um personagem está vivendo algo complicado e tentando
sobreviver. Monotonia não é uma palavra aplicada a este volume. A
história veio ganhando força desde a metade do primeiro livro, mas
só ao final do segundo encontramos uma parte da verdadeira
explicação para tudo o que vem acontecendo desde o início. Há uma
reviravolta magnífica, que aos poucos vai tomando forma graças a um
dos personagens. Mais do que dar sentido à trama, o autor consegue,
em um único volume, transformar todas as concepções que já
tínhamos sobre o enredo em uma única e plausível posição. Nada
poderia preparar o leitor para o que viria a seguir e eu, como fã do
primeiro livro, só posso afirmar que não há uma “maldição do
segundo livro” aqui. Nunca li um segundo livro de série/trilogia
tão decisivo como O Mar Infinito.
A
capa, mais uma vez, está perfeita. Você acha que entende o que ela
significa, mas quando começa a ler descobre que pode estar enganado.
A diagramação está boa e a única ressalva a ser feita quanto à
edição são os pequenos erros de revisão (senti falta de algumas
palavras e outros conectivos em algumas sentenças, mas nada que
tenha atrapalhado a leitura).
Por
fim, gostaria de dizer que recomendo o livro (a série) aos amantes
de ficção científica, distopias e ação, mas não posso.
Recomendo a todos, sem exceção. A série já está entre os meus
favoritos, o segundo volume superou o primeiro e eu não posso fazer
outra coisa que não ordená-los a ler e descobrir um vício
literário em livros cheios de história em menos de 300
páginas...
“Se você for humano, não há esperança.”
Não conhecia esse livro mas achei legal. Essa coisa de alienígena sempre da bons enredos. Melhor ainda saber que já e sequencia de outro porque não preciso ler e ficar esperando sair o proximo. Pena que ainda não tenha o terceiro.
ResponderExcluirO difícil é aguentar esperar :)
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