Resenha: Insígnia – A Arma Secreta – S.J. Kincaid


Título original: Insignia
ISBN: 978-85-7683-508-0
Gênero: Ficção
Coleção Jovens Leitores
Editora: V&R Editoras
É a Terceira Guerra Mundial. O inimigo está vencendo. E se a arma para virar o jogo fosse você? Mais do que qualquer outra coisa, Tom Raines quer ser alguém importante. Aos 14 anos, com uma aparência pouco digna de atenção e uma vida cheia de incertezas, ele está bem longe de realizar o seu desejo. Exceto por sua habilidade com games, Tom não tem muito com o que contribuir. Um zero à esquerda. Durante anos, o garoto perambulou de cassino em cassino com seu pai, um jogador completamente sem sorte e que fazia de seu vício um meio de sobrevivência. A cada dia, iniciava-se uma nova jornada em busca de um “lar”, mesmo que isso significasse um quarto qualquer pago com o pouco dinheiro ganho em apostas. as, certo dia, o que parecia ser uma existência fadada ao fracasso, muda radicalmente. Da noite para o dia, Tom é convidado para integrar a elite do Exército e utilizar seu talento como jogador para ajudar seu país a vencer a Terceira Guerra Mundial. Tom, então, tem a oportunidade de se tornar alguém importante: uma supermáquina de guerra com habilidades tecnológicas jamais imaginadas. E de quebra, ganha a chance de conquistar tudo aquilo que parecia reservado aos outros: sucesso, amigos, um amor de verdade. Mas o acesso a tudo isso tem um custo. Será que vai valer a pena? Com personagens fascinantes e um enredo de tirar o fôlego, Insígnia faz uma eletrizante viagem ao futuro e revela um mundo onde as fronteiras entre humanos e máquinas não podem mais ser distinguidas.

 
Insígnia – A Arma Secreta é o primeiro volume de uma trilogia (sequências: O Vórtex Negro e Catalisador), cujo universo gira entre um futuro distópico que vivencia a Terceira Guerra Mundial. A trilogia completa foi lançada pela V&R Editoras.

Em um futuro nem tão distante assim, o mundo está, novamente, em guerra. Após diversas perdas sangrentas, ao contrário do que se poderia supor, as guerras não acontecem mais em terra. Com equipamentos de alta tecnologia, os seres humanos evoluiram a ponto de contarem com as máquinas para lutarem suas guerras sem que haja derramamento de sangue. Bom, isto até certo ponto. Enquanto uma guerra de dimensões, interesses e segredos ilimitados estoura, Tom, uma garoto quase invisível, vive ao redor de cassinos para sobreviver com seu pai. O menino é um exímio jogador de uma espécie de jogo do futuro, embora tudo o que consiga sejam alguns trocados para ajudar nas despesas, frutos do seu talento. Tudo está na mesma até ele conhecer um nova colega da classe virtual que frequenta. Logo, seu talento é descoberto e ele recebe uma proposta inesperadamente incrível. 
 

As guerras modernas não são travadas entre pessoas (...)”


- Você é um veterano? (…) Atirou em inimigos?
- Não sou esse tipo de veterano. Era piloto. Levava, de avião e helicóptero, os soldados, esses sim atiravam nos inimigos, transportando-os para lá e para cá no Oriente Médio à época em que havia combates na região, quando ainda havia uma região.”


Tom acaba se tornando um Plebeu, espécie de civil que trabalha para o exército. Lá, ele sofre mudanças físicas e... bem, cerebrais. Participando de simulações, ele aprende, não só a lutar, mas também a visualizar estratégias e visualizar seus oponentes, dentre eles o mais letal e interessante de todos, a Medusa. A verdade é que a terceira guerra tem objetivos secretos e um modus operandi inovador, com mais armas e menos humanidade. É muito fácil para um jogador esquecer que um jogo não é sua realidade, especialmente quando seus pensamentos já não pertencem apenas a ele. Essa premissa homem x máquina é, sem dúvida alguma, o ponto mais inteligente da história, que também não deixa a desejar em outros quesitos.

O livro é narrado em terceira pessoa, sempre abordando o que acontece com Tom. A narrativa, apesar de longa, é extremamente agradável e fluida. As descobertas de Tom e o universo criado pela autora são interessantes tornam a leitura rápida e instigante. Os personagens também são muito interessantes: Tom, por exemplo, apesar das mudanças físicas não se permite ser alguém diferente e demonstra um grande senso de lealdade e justiça; seus novos amigos não ficam atrás; e, não há um apelo pela presença de um grande vilão, mas sim, diversas situações que levam um ou outro personagem a cometer atos reprováveis. O enredo é muito bem desenvolvido e, ao longo das quase quinhentas páginas não há enrolação, mas muitos lados de uma mesma realidade. É impressionante a forma utilizada pela autora para deixar Tom a par da verdade. 
 
A diagramação do livro é mais do que adequada para o tema. Detalhes como unidades binárias (0 e 1) estão por todo o livro: sobrepostos (e quase imperceptíveis) na capa cor de guerra e, ainda, nos capítulos. Mais uma vez, a editora mostra um ótimo e caprichado trabalho de edição e revisão. Por ser o primeiro livro da trilogia, muitas peças ainda precisam se encaixar, mas saber que o segundo volume (O Vórtex Negro) já foi lançado e, o terceiro (Catalisador) é lançamento da editora, um grande estímulo para começar a leitura da trilogia de uma só vez sem enfrentar a expectativa da espera das sequências não lançadas.


Não sei com que armas será travada a Terceira Guerra Mundial, mas sei que a Quarta será travada com pedras e paus.”
(citação brilhante de Albert Einstein inserida em um diálogo em Insígnia)

4 comentários:

  1. Li faz tempo o livro, e gostei bastante. Foi uma leitura bem rápida, não achei que fosse, pois me assustei com o tamanho do livro. rsrs
    Ouvi falarem que o segundo não é tão bom, e desanimei um pouco, mas mesmo assim vou continuar essa série! Já tem o terceiro, yay! \o/ Tão bom quando as editoras não demoram, né?
    beijos
    www.apenasumvicio.com

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    1. Pois é, tão grandão, mas a leitura flui bem mesmo. Estou ansiosa pelo segundo, mas sei que muitas vezes deixa a desejar, se o primeiro tiver sido muito bom.... :)

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  2. So de ser serie que ta terminando ja vale a pena conferir. Um saco ter que esperar um seculo pra ler as continuações, eu heim. Gostei do tema so achei o personagem meio novinho. Tambem achei um pouco caro mas se vale a pena ta bom.

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