Connie Mereditch vive uma vida normal, estuda em um típico colégio americano e tem uma ou duas pessoas que pode chamar de 'amigos'. Mora com sua mãe, seus avós, sua irmã mais nova, por parte de mãe, e sua tia; mas nunca teve um pai. Quando se conforma com tal coisa, tudo dá um giro de 360º em sua vida e ela deverá aprender que nem tudo é como planejamos e imaginamos, mas que quando a nossa rotina é abalada, os resultados podem ser melhores do que acreditamos ser.
Só
mais um espetáculo é um romance nacional publicado pela Chiado
Editora e escrito pela jovem autora Beatriz Gandolfi (ela tem só 16
anos!). O livro conta uma história simples e doce, abordando temas
como abandono, perdão, primeiro amor e, como mostra esta capa
maravilhosa, ballet.
Não
há nenhum drama realmente profundo, apenas o desenrolar
natural das divergências
familiares e pequenos fatores que fogem ao padrão, exigindo um pouco
mais de paciência dos personagens. A trama poderia ter sido melhor
trabalhada neste ponto, dificultando um pouco mais a vida dos
personagens, especialmente de um certo ser, que falou, falou, mas não
provou seu ponto, merecendo um belo passa-fora.
A
escrita da autora ainda tem muito a amadurecer, mas já demonstra um
grande potencial, pois ela soube dar um bom ritmo a uma história de
natureza lenta, sem deixá-la chata ou repetitiva. Acho que o final (antes do epílogo)
poderia ter sido mais elaborado, presenteando os leitores com mais
detalhes românticos, os quais haviam sido bem naturais durante o
desenvolvimento da trama, sem exageros, mas que poderiam acrescentar
mais emoção ao desfecho. Não
posso dizer que este é completamente
previsível, já
que abre uma certa margem a interpretações ao ser subdividido, e
não encerrado de forma única.
Apesar da capa lindíssima, que diz muito a respeito da história e personalidade da personagem, e da diagramação interna igualmente caprichada, a editora pecou um pouquinho na revisão. O problema nem foram tanto os erros ortográficos (não notei nenhum absurdo), mas a confusão de vozes durante a narrativa. O livro é narrado em terceira pessoa, mas em vários momentos, um parágrafo comum transforma a narrativa em primeira pessoa (um erro muito comum dos autores e facilmente solucionável, mas que acabou passando na revisão). Alguns capítulos são, propositalmente, narrados sob o ponto de vista de outro personagem e, embora neste caso, não haja qualquer dificuldade na identificação do mesmo, o problema de vozes se repete.
“Elogios fazem você achar que está dando o seu melhor, então o seu nível cai e, além do mais, elogios são coisas ditas por pessoas falsas querendo nada mais que socializar, não por pessoas sinceras.”
Olá Camilla! Sou a Bia, autora do livro :D Primeiramente quero lhe agradecer por ter feito a resenha do livro - significa muito para mim - e por ter sido tão sincera. Obrigada por cada elogio e cada crítica; todas elas me ajudarão durante a incrível jornada na qual encontro tanto amor e paixão : escrever. Sei que tenho pouca idade - 16 anos hehehe - mas tinha ainda menos quando escrevi o livro, com meus 14 anos; e até mesmo em sua publicação, com 15 anos, então assumo as falhas na parte de narração - primeira e terceira pessoa - já me comprometi a não cometer estes erros nas próximas publicações que já estão por vir! E é errando que se aprende! Enfim, obrigada mesmo pela belíssima resenha, e pelos inúmeros elogios! Me deixaram muitíssimo feliz!Ah, também quero agradecer as fotos lindas que você usou na publicação: estou APAIXONADA! Beijinhos, Bia .
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