A postagem de hoje vai ser diferente
do usual, já que estamos terminando o ano e tal. Ao invés de fazer
uma resenha específica para cada um dos livros, vou falar um pouco
de cada um e explicar como me senti ao terminar de ler tais
trilogias. As distopias que tanto amei e foram encerradas neste ano
são Legend, Delírio, Estilhaça-me e Divergente, ou seja, os livros
a serem citados e minimamente resenhados neste post serão Champion
(Legend #3), Requiem (Delírio #3), Incendeia-me (Estilhaça-me) e
Convergente (Divergente #3) Você deve estar se perguntando por que
não faço as resenhas separadamente, certo, já que amei tanto as
trilogias? Bom, a resposta é simples: não consigo. Juro que tentei,
mas a mairoia delas terminou de uma forma tão absurdamente simples e
bizarra que eu não consegui parar e pensar em tudo.
Antes que pensem que me decepcionei,
quero deixar claro que não foi bem o que aconteceu, pois algumas
foram encerradas de forma coerente, tecnicamente falando, mas não
emocionalmente. Se pudesse mudar alguma coisa em cada uma delas,
seriam os finais, definitivamente. Afinal, acho que os leitores
mereciam finais melhores e bem elaborados. Quanto às fotos utilizadas, os livros não foram colocados de qualquer jeito, mas posicionados como se fossem gráficos (comparados entre si, os melhores estão posicionados mais para cima, os piores para baixo...), enfim, espero que entendam, hehe.
Champion (Legend #3), de Marie Lu
Day e June, dois jovens tão
diferentes, lutam, cada um à sua maneira, pela República. De um
lado, o garoto que viu o pior da miséria e da doença; do doutro, a
garota-prodígio que não sabe o que é viver nas ruas, mas está
disposta a qualquer coisa para cumprir a lei e vingar alguém que
ama. Juntos, descobrem que nem tudo o que lhes contaram um dia é
verdade, transformando o futuro em algo ainda mais incerto.
Apesar de não abordar nenhum tema
especial, a distopia Legend conquistou meu coração com sua
objetividade e personagens carismáticos. Eu nunca diria que é a
melhor distopia que já li, mas certamente passei por muita ansiedade
esperando os próximos lançamentos. O enredo gira em torno da
política em um futuro onde os recursos naturais foram modificados e
as grandes potências perderam o pódio para continentes que antes
eram pobres ou mesmo inabitados. A leitura de todos os livros é
muito rápida, sem grandes descrições e bastante ação, algo
diferente da maioria das histórias do gênero.
Resenhei os 3 livros no blog (Legend –
Prodigy - Champion), e passei cerca de um ano até o lançamento do
volume final, algo que serviu para esfriar minha relação com a
trilogia. É claro que comprei Champion antes mesmo do lançamento
oficial, já que já estava à venda em várias livrarias. O fato é
que comecei a leitura ávida por novidades, por um giro na história
ou qualquer coisa que a encerrasse com chave de ouro. Infelizmente,
não foi o que aconteceu. De todas as distopias que encerrei este
ano, Legend foi a mais coerente, isto é, o final não foi uma grande
surpresa, pois alguns detalhes já nos conduziam a tal consequência.
Ainda assim, foi um pouco triste não obter da leitura o algo mais
que Prodigy conseguiu desenrolar.
Incendeia-me (Estilhaça-me #3), de
Tahereh Mafi
Juliette tem um dom que está mais
para uma maldição. Ela não pode tocar em ninguém, pois seu toque
é destruição. Deixada em uma cela longe de qualquer pessoa, ela
passa seus dias na solidão. Adam parece não se importar tanto com o
que Juliette é, mas outras pessoas podem querer utilizar esse dom
para algo maior, como uma clara demonstração de poder. Fugas,
esconderijos, descobertas de outros dons e uma guerra iminente fazem
parte do enredo de Estilhaça-me, que toma um rumo completamente
inesperado em Liberta-me.
Bem, Estilhaça-me foi uma das
hsitórias distópicas que mais me encantaram em 2013, quando a
conheci. Enquanto eu descobria uma trama muito maior por trás de
toda a confusão causada pela habilidade de Juliette, alguns fatores
iam tomando forma e adentrando no enredo de uma forma incrível. O
problema é que em Liberta-me, tudo se transformou, desordenando
todas as concepções que eu já tinha sobre os personagens. Um rumo
completamente novo foi iniciado e, Warner, um dos personagens mais
inacreditavelmente bizarros que já conheci, ganhou força e até um
coração. Pois é, depois disso tudo, Incendeia-me já não foi tão
previsível. No último livro da trilogia, Juliette está
irreconhecível, assim como Adam, que parece ter trocado de corpo com
Warner... se eu citar todos os detalhes que me incomodaram neste fim
de trilogia, certamente vou me arrepender de ter começado. O livro
não é nem sombra do que Estilhaça-me é, em termos de coerência.
O final parece ter sido cortado, sem detalhes, sem um ápice. Enfim,
ainda tento compreender o que a autora quis fazer/dizer. Talvez o
problema seja eu, superestimando o gênero, ou quem sabe, os
personagens, que se tornaram um tento insuportáveis para merecerem
um final digno...
Réquiem (Delírio #3), de Lauren
Oliver
No mundo de Lena, o amor é uma doença
que precisa ser erradicada antes que cause estragos. A partir de uma
certa idade, as pessoas precisam passar por um procedimento cirúrgico
que lhes permitirá viver em sociedade, de forma segura, sã e
racional. O problema é que existem rebeldes e, também, algumas
pessoas que não conseguem se livrar do “amor deliria nervosa” a
tempo. E Lena acaba de conhecer uma dessas pessoas. Antes que seu
procedimento, com data marcada, aconteça, ela descobre que o tal
mundo perfeito e sadio em que vive nada mais é que um mundo de
mentiras.
A Lauren Oliver tem um jeito só dela
de escrever histórias que aprecio muito. Delírio, apesar de ser um
livro muito parado, é um ótimo início de trilogia, apresentando os
males e a vida dos personagens com maestria. Tudo o que o primeiro
livro tem de lento, o segundo, Pandemônio, tem de frenético. A
mudança de ares ocorrida neste segundo volume proporciona também um
grande crescimento de Lena e abre portas para novos e ótimos
personagens. Julian é o exemplo perfeito de que a mudança é
possível e, aliás, acaba ganhando o troféu de meu personagem
preferido na história. Um problema surge com o finalzinho de
Pandemônio e aumenta em Réquiem, que traz uma série de eventos
complicados. O último livro da trilogia, embora não seja parado,
também não chega a transformar a história como o segundo. Tudo o
que os personagens, e a própria história, adquiriram em crescimento
no meio da trama, acabou não valendo muito no final, que se mostrou
confuso e até mesmo vazio. Os eventos do “após” ficaram no ar,
quase incoclusivos. Mais uma vez, uma distopia não terminou tão bem
para mim.
Convergente (Divergente #3), de
Veronica Roth
Acho que, de todas as trilogias
citadas, Divergente é a que mais me decepcionou. A história é boa,
os personagens são fortes e os eventos são frenéticos, mas tudo, a
meu ver, vai por água abaixo quando se quer mudar o rumo de uma
história sem realmente querer mudar o rumo dessa história. Não
entendeu? Eu explico.
Divergente começa com toda aquela
aura de mudança e desejo de autoafirmação dos personagens.
Perfeito. Tris e Quatro conseguem conquistar o leitor, sem sombra de
dúvida. Suas atitudes perante os terríveis eventos que vão se
desenrolando são heróicas e firmes. Em Insurgente, sabemos que uma
guerra já está no ar e que o perigo e a morte iminente estão mesmo
por todos os lados, em todas as facções. Os personagens estão na
luta, dando tudo de si para acabar com os planos dos grandes vilões.
Ótimo. Aí descobrimos uma traição, uma aliança e uma série de
pessoas querendo o poder. Logo, não sobra muito o que desenvolver em
Convergente. As cartas estão na mesa, os traidores em seus lugares e
nada se resolve. Tudo bem, porque sabemos que a Tris vai dar um jeito
em tudo antes que o dia termine. E, então, descubro que minha
desconfiança desde que li Divergente pela primeira vez tinha todo
sentido. Eu tinha razão, de certa forma, e o mundo fora de Chigago
tem sua parcela de culpa no que acontece dentro da cidade. Beleza.
Agora, uma série de eventos confusos se desenrola para definir a
situação dos personagens, e da cidade, por assim dizer. E, de
repente, tudo deixa de fazer sentido. A lógica, que nunca esteve ao
favor dos nossos personagens, resolve funcionar justo agora, no
finalzinho. E fim. A série se encerra com chaves de latão e, só
valeu a pena pelos volumes anteriores.
Então, aqui se encerra a documentação
de toda a decepção literária que conheci em 2014. Quatro distopias
que amei desde o início, mas se tornaram, de alguma forma,
decepcionantes ao final. Eu ainda recomendo, pois opinião é algo
diferente para cada um. Ainda assim, minha frustração com essas
histórias foi bem alta se comparada ao quanto jurei amor eterno
àquelas trilogias, ao conhecê-las. Será que sou tão volúvel
assim? Ou as autoras é que estão se perdendo? Fica a dúvida...
Oioi.
ResponderExcluirNossa eu comecei todas essas distopias e não terminei =(
Champion e Incendeia-me são os que necessito ler pra concluir a trilogia.
Já a série da Veronica Roth eu abandonei no início do segundo livro que não fluiu.
Quanto a série delírio achei morna e não me animei a dar continuidade.
Beijos.
Leituras da Paty
Complicado, né? Não consigo abandonar uma série, mas algumas dão nos nervos... :)
ExcluirNão li nenhuma dessas trilogias, apesar de ter interesse em todas (umas mais do que as outras). A trilogia "Divergente" desperta muito a minha curiosidade, já vi o filme e adorei, além de ter visto spoiler do desfecho do último livro (sim, eu gosto de spoiler =X) e achar a autora muito ousada por sua escolha, o que me fez imaginar que os três livros possam ser bons.
ResponderExcluirNa maioria das vezes eu adoro quando um livro tem uma continuação, muitas vezes até desejo uma sequência para algumas séries já finalizadas - mais por curiosidade para saber o que acontece depois. No entanto há sempre o medo de o livro 2 não ter a essência de seu antecessor, o que é bem desanimador quando acontece.
Gostei muito desse 'Sspecial' e adoraria ver um outro, mas com trilogias/séries que você começou odiando e depois gostando... se tiver alguma assim. ^^ Parabéns pela postagem, uma ótima ideia. Xx
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Que bom que gostou :) aconselho a leitura de todas se tiver nervos de aço!
ExcluirOi Camila!
ResponderExcluirDas séries que você citou, a única que eu li foi "Divergente" e também me decepcionei muito. Só que, no meu caso, a decepção já começou em Insurgente e Convergente só veio a piorar as coisas. Acho que a autora desperdiçou uma história que podia ter sido boa, mas não soube contá-la.
Pena que você não teve muita sorte com as outras séries também...
Beijos
alemdacontracapa.blogspot.com
Ai, Convergente saiu todo errado. Tinha muita coisa que poderia ser diferente sim. Exageraram e estragaram a história :(
ExcluirAI MEU DEUS, Me senti muito por fora depois desse post! Em 2014 não tive tempo para NADA e não li NENHUMA distopia - gênero que eu adoro e que possivelmente vou chegar a odiar depois (rolou com THG!). Bateu uma dor agora.
ResponderExcluirEnfim, adorei a proposta do post e te entendo totalmente! Você parece ter sofrido com o final dessas trilogias o que eu sofri lendo A Esperança.
Como os autores podem fazer isso com a gente né?
Beijos
missbennet.com.br
Como sofri! rs. Esses autores não têm piedade alguma! :)
ExcluirBoa sorte com suas leituras em 2015!
So li legend e divergente. Achei que legend nao poderia ser melhor mas acabou se saindo muito melhor que divergente, pelo menos pela logica. As outras ainda nao me interessaram talvez um dia.
ResponderExcluirSim, em geral todas são boas. O problema é quando se desviam um pouco...
ExcluirOii Camilla :D
ResponderExcluirBem, sou suspeita pra julgar distopias porque adoro, e é difícil uma não me agradar. Divergente é minha leitura atual, já assiti ao filme então já sei o que esperar, fora os spoiler que peguei.. To amando <3
A trilogia Legend está na minha lista, adorei a sinopse, e cada resenha que eu vi me deixou mais curiosa, estou doida pra comprar os três livros !! Já a trilogia Estilhaça-me e Delirium não me pegam, já li Delírio e não consegui me conectar com a história, me senti da mesma forma com Estilhaça-me ! Ainda acho que a melhor é Divergente, pena que você não gostou do final, eu estou com a expectativa alta.
Bjs ;*