Resenha: Os Animais têm Alma?, de Ernesto Bozzano [Maratona #EuSouDoideira]


Ernesto Bozzano, um dos notáveis pesquisadores espíritas do século XX, tenta, nesta obra, comprovar cientificamente a existência e sobrevivência da alma dos animais. Para isso persegue dois objetivos: a determinação objetiva de atividade supranormal nos animais (telepatia, premonição, mediunidade, etc.) e a comprovação de casos de aparição post-mortem de fantasmas de animais. Após a leitura deste livro você terá dado um grande passo para responder a esta pergunta: os animais têm alma?

Confesso que eu estava com medo de ler esse livro, apesar de o ter escolhido, justamente, pelo tema. Não sou espírita e, na verdade, morro de medo desses assuntos de almas andando para lá e para cá à nossa volta. Acontece que a premissa do livro era abordar um tema que muito me atrai: a alma dos animais. Não é segredo para ninguém que sou louca por animais, especialmente os de estimação. Esses bichinhos me despertam um sentimento tão bom que é impossivel não cogitar a existência de uma essência como a nossa, e até mais pura, enfim... uma alma.

Basicamente, o livro se parece muito com um trabalho de conclusão de curso, mostrando fatos e argumentos que embasam a tese, que no fim é concluída. Na maior parte da leitura, encontramos uma série de relatos de pessoas lá dos anos mil oitocentos e antigamente. São fatos velhos, de uma época em que as pessoas nem tinham TV e, portanto, muito tempo sobrando para a imaginação. Apesar disso, creio que algumas histórias são bem interessantes e, até mesmo críveis.

Neste livro, não estamos falando sobre a essência das aparições humanas, embora estas sejam coadjuvantes em boa parte dos relatos. Todos os fatos narrados são marcados pela presença de um animal (cães, gatos, pássaros e cavalos), estando ele vivo ou presente em espírito. Em alguns casos, a abordagem é feita na forma de premonições de morte, vividas pelo animal em relação ao seu dono ou vive e versa. Também se relata a parte sensitiva da natureza animal ao perceberem manifestações antes ou em conjunto com os seres humanos, dentre outros detalhes.

Como eu disse, não é o tipo de leitura que me agrada muito, especialmente antes de dormir... mas gosto da ideia de saber que, talvez, eu possa encontrar os bichinhos de estimação que já tive e tanto amei quando a minha viagem terminar. Como a leitura faz parte da maratona literária, um dos requisitos era citar uma música que tivesse a ver com o tema do livro e, logo, não conheço letra mais adequada do que a de Encontros e Despedidas, cantada pela Maria Rita.

Mande notícias do mundo de lá
Diz quem fica
Me dê um abraço, venha me apertar
Tô chegando
Coisa que gosto é poder partir
Sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar
Quando quero...”

(trecho de Encontros e Despedidas)

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