Resenha: Eu, meu pai e meus outros amores, da Lilian Reis [Maratona Literária #EuSouDoideira]


O pior dia da minha vida fora aquele domingo.
Pelo menos eu acreditava que fosse.
Ao término de um lindo dia dominical, eu, carioca cheia de vida e de sonhos, sofro um terrível acidente. Ao despertar do longo coma no qual fui acometida, descobri que esse desastre levou minha mãe e meu querido padrasto.
Acho que um montão de surpresas me espera. A começar pelo meu novo lar: a cidade de Estrela do Campo. Na boa, já detesto esse lugar! E pra ajudar, vou ter de suportar meu pai ausente – que agora tenta recuperar o tempo perdido me enchendo de presentinhos, até que dessa parte eu gosto – e sua família perfeita. Inclusive o arrogante e bonitão do Fred, um dos filhos da minha angelical madrasta Isolda.
Espero que divida comigo todas as descobertas entre eu, meu pai e meus outros amores... E serão muitas!

Uma surpresa deliciosa: é o que eu diria sobre Eu, meu pai e meus outros amores. O nacional escrito pela Lilian Reis e publicado pelo selo Novos Talentos da Literatura Brasileira é um exemplar que, ao contrário de algumas leituras do selo, agrada bastante até mesmo na parte da revisão, que costuma ser falha nesses casos. Trata-se de um romance com um pequeno indício de paranormalidade, mas acima de tudo, de um amor muito específico como o dos pais e filhos.

Jade está quase terminando o Ensino Médio, mas quando acha que só tem a comemorar, uma tragédia a encontra, levando sua família. Seu pai, um fazendeiro, vem para levá-la com ele para o interior, algo que a deixa apavorada, porém sem escolha. Logo, a garota se vê distante do mar, do ballet moderno, de sua melhor amiga e tendo que lidar com a saudade em um lugar que nunca curtiu. Na fazenda, Jade terá que conviver com a madrasta, Isolda e seus dois filhos, Du e Fred. Estes dois, aliás, serão parte da diversão, e das encrencas que parecem farejar a garota à distância...

Basicamente, a história, narrada em primeira pessoa pela própria Jade, aborda sua relação com a nova família e sua evolução após a perda de quem mais amava. Mimada e magoada com o pai, ela age com relutância, repelindo qualquer contato de carinho da parte de Bernardo (seu pai). Aos poucos, naturalmente, algumas coisas vão mudando, mas tudo tem seu preço. Ao mesmo tempo, um certo romance parece surgir, mas complicado. Jade pretende terminar a escola e, assim que completar 18 anos, voltar para o Rio e recomeçar sua vida no lugar ao qual pertence, mas vários fatores prometem atrapalhar sua decisão. 
 
De uma forma geral, gostei muito do livro, que aliás ainda está em promoção na Saraiva Online, especialmente por se tratar de uma história bem finalizada. Os personagens são encantadores e o desenrolar dos fatos é bem natural. 
 
Como de praxe, por ser resenha de um livro lido durante a maratona literária #EuSouDoideira, escolhi a música que mais relacionei ao livro, neste caso, Never Grow Up, da Taylor Swift.

Tire fotos na sua mente do seu quarto de infância
Memorize o som de quando seu pai chega em casa
Se lembre dos passos, lembre-se das palavras ditas
E todos as músicas preferidas do seu irmão menor
Eu acabei de me dar conta de que tudo que tenho um dia irá embora...”

(Trecho traduzido de Never Grow Up)

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