Resenha: Dividida, da Amanda Hocking (Trylle #2)

Segundo volume da série Trylle, publicada no Brasil pela Rocco, Dividida é narrado exatamente a partir do ponto em que Trocada parou. É um típico segundo livro, sem novidades quanto ao novo mundo da personagem, mas com certas reviravoltas quanto às informações antes prestadas.

 
Quando Wendy Everly descobriu a verdade sobre si mesma, soube que sua vida nunca mais seria a mesma. Agora, ela está prestes a descobrir que essa história é mais complicada do que parecia... Entre no mundo mágico onde nada é o que parece. Wendy pensou que finalmente havia descoberto quem ela era e o que queria fazer. Tudo muda quando seu maior rival vem buscá-la. Passados e segredos são revelados. Pessoas em que ela confiava podem ter mentido esse tempo todo. Mesmo dividida, é hora de fazer uma escolha que pode destruir sua única chance de uma felicidade verdadeira: conseguirá ela deixar de lado seus sentimentos por causa de seu povo?


 
Neste livro, Wendy não mudou nada. Sua personalidade se mantém a mesma de antes da descoberta de sua natureza. No entanto, seu lado protetor está bem aflorado e suas atitudes acabam sendo um reflexo de sua preocupação com os que ama. Desta vez, não notei nenhuma epifania da personagem, que apenas segue o fluxo de informações que se multiplicam a sua frente.

Sempre tive uma suspeita de que eu não combinava com a minha família, apesar do quanto Matt se devotava a mim. Minha mãe quase me matou quando eu tinha seis anos, alegando que eu era um monstro, que não era filha dela.”

Quase não há ação e os momentos ainda são bastante repetitivos. O início do livro é o momento mais agitado da trama e, ainda assim, passa muito rápido. O ponto forte é um grande segredo que vem à tona e transforma tudo o que Wendy sabe sobre os Trylle em uma boa confusão. A verdade é que a imagem que ela tem dos Vittra, os rivais dos Trylle, é um pouco diferente da realidade. Pelo menos em relação a ela. Esse detalhe que muda muitas coisas é também uma grande cartada, pois além de fazer muito sentido, é exatamente o que pode deixar a história mais interessante.

Não posso ficar com você e não posso ficar sem você. E eu estou presa no meio disso. Sem nenhuma saída. Eu gosto de você, não consigo parar com isso, e você nem se importa!”

A escrita de Amanda Hocking nesta série é um pouco diferente da série Despertar. Por alguma razão, a história de Wendy anda, anda e não sai do lugar. O livro termina quando você finalmente acha que algo grande vai acontecer e acaba decepcionado. Apesar dos pesares, a leitura é bem digna dos típicos young adults sobrenaturais e, o enredo em si, continua tão interessante com a pequena reviravolta gerada pelo segredo descoberto, quanto suspeita. Não consigo confiar em nenhum dos personagens e a cada página de Dividida me vi ainda mais confusa com suas atitudes e personalidades.

Honestamente, não sei o que esperar do próximo volume. Gostaria que houvesse, finalmente, alguma ação mais duradoura e algo além da visão de Wendy. O livro, em alguns trechos chega a ser um pouco chato, monótono, o que é pouco característico do tema sobrenatural, mas muito presente na série Trylle. 
 
Ainda acho que as capas dos dois livros são lindas, especialmente esta, com o campo de dentes-de-leão (não sei se são chamados assim...) em tons de azul.

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