Segundo
volume da série Trylle, publicada no Brasil pela Rocco, Dividida é
narrado exatamente a partir do ponto em que Trocada
parou. É um típico segundo livro, sem novidades quanto ao novo
mundo da personagem, mas com certas reviravoltas quanto às
informações antes prestadas.
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Quando Wendy Everly descobriu a verdade sobre si mesma, soube que sua vida nunca mais seria a mesma. Agora, ela está prestes a descobrir que essa história é mais complicada do que parecia... Entre no mundo mágico onde nada é o que parece. Wendy pensou que finalmente havia descoberto quem ela era e o que queria fazer. Tudo muda quando seu maior rival vem buscá-la. Passados e segredos são revelados. Pessoas em que ela confiava podem ter mentido esse tempo todo. Mesmo dividida, é hora de fazer uma escolha que pode destruir sua única chance de uma felicidade verdadeira: conseguirá ela deixar de lado seus sentimentos por causa de seu povo?
Neste livro, Wendy não mudou nada. Sua
personalidade se mantém a mesma de antes da descoberta de sua
natureza. No entanto, seu lado protetor está bem aflorado e suas
atitudes acabam sendo um reflexo de sua preocupação com os que ama.
Desta vez, não notei nenhuma epifania da personagem, que apenas
segue o fluxo de informações que se multiplicam a sua frente.
“Sempre tive uma suspeita de que eu não combinava com a minha família, apesar do quanto Matt se devotava a mim. Minha mãe quase me matou quando eu tinha seis anos, alegando que eu era um monstro, que não era filha dela.”
Quase não há ação e os momentos ainda são
bastante repetitivos. O início do livro é o momento mais agitado da
trama e, ainda assim, passa muito rápido. O ponto forte é um grande
segredo que vem à tona e transforma tudo o que Wendy sabe sobre os
Trylle em uma boa confusão. A verdade é que a imagem que ela tem
dos Vittra, os rivais dos Trylle, é um pouco diferente da realidade.
Pelo menos em relação a ela. Esse detalhe que muda muitas coisas é
também uma grande cartada, pois além de fazer muito sentido, é
exatamente o que pode deixar a história mais interessante.
“Não posso ficar com você e não posso ficar sem você. E eu estou presa no meio disso. Sem nenhuma saída. Eu gosto de você, não consigo parar com isso, e você nem se importa!”
A
escrita de Amanda Hocking nesta série é um pouco diferente da série
Despertar. Por alguma razão, a história de Wendy anda, anda e não
sai do lugar. O livro termina quando você finalmente acha que algo
grande vai
acontecer e acaba decepcionado. Apesar dos pesares, a leitura é bem
digna dos típicos young
adults sobrenaturais
e, o enredo em si, continua tão interessante com a pequena
reviravolta gerada pelo segredo descoberto, quanto suspeita. Não
consigo confiar em nenhum dos personagens e a cada página de
Dividida me vi ainda mais confusa com suas atitudes e personalidades.
Honestamente, não sei o que esperar do próximo
volume. Gostaria que houvesse, finalmente, alguma ação mais
duradoura e algo além da visão de Wendy. O livro, em alguns trechos
chega a ser um pouco chato, monótono, o que é pouco característico
do tema sobrenatural, mas muito presente na série Trylle.
Ainda acho que as capas dos dois livros são
lindas, especialmente esta, com o campo de dentes-de-leão (não sei
se são chamados assim...) em tons de azul.
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