Maratona Literária: resenha #5 – O Ladrão de Raios, Percy Jackson e os Olimpianos, do Rick Riordan

Finalmente, a última resenha da maratona literária! Deixei O Ladrão de Raios por último, pois já devo ter dito em algum post anterior que tenho o box da série Percy Jackson há algum tempo, mas ainda não havia reunido coragem para ler. Se não fosse pela maratona, talvez demorasse ainda mais para começar a leitura, por temer um teor infantil demais nos livros. Acho que, por se tratar de uma série de sucesso e lançada há mais tempo, pensei que não veria muita graça em ler algo ao estilo Harry Potter (que cresceu comigo), com personagens mais jovens e totalmente conhecidos na esfera literária. Bem, eu certamente poderia ter começado antes. A série conta com 5 livros e foi publicada pela Intrínseca.

Primeiro volume da saga Percy Jackson e os olimpianos, O ladrão de raios esteve entre os primeiros lugares na lista das séries mais vendidas do The New York Times. O autor conjuga lendas da mitologia grega com aventuras no século XXI. Nelas, os deuses do Olimpo continuam vivos, ainda se apaixonam por mortais e geram filhos metade deuses, metade humanos, como os heróis da Grécia antiga. Marcados pelo destino, eles dificilmente passam da adolescência. Poucos conseguem descobrir sua identidade. O garoto-problema Percy Jackson é um deles. Tem experiências estranhas em que deuses e monstros mitológicos parecem saltar das páginas dos livros direto para a sua vida. Pior que isso: algumas dessas criaturas estão bastante irritadas. Um artefato precioso foi roubado do Monte Olimpo e Percy é o principal suspeito. Para restaurar a paz, ele e seus amigos - jovens heróis modernos - terão de fazer mais do que capturar o verdadeiro ladrão: precisam elucidar uma traição mais ameaçadora que a fúria dos deuses.

Em um primeiro momento, vi Percy como um típico garotinho problemático, que mal podia imaginar os poderes que sua natureza guardava. Aos 12 anos, trocando de escola de meses em meses, o que ele mais quer é passar despercebido. Infelizmente, ele também é um imã para encrencas, atraindo os mais diversos incidentes bizarros. Coincidência? Nem tanto. A verdade é que os seres mitológicos que ele tanto estuda na escola podem ser reais, e ainda, terem uma relação bem próxima dele. 

Uma das coisas mais interessantes no livro é a frequência da ação. O tempo todo, vemos os personagens em ação, lutando ou fugindo de alguma coisa e, Percy, se envolvendo em alguma confusão, claro. O ritmo é tão bem desenvolvido que é quase impossível parar para descansar da leitura. Não encontrei muitas semelhanças entre a escrita de O Ladrão de Raios e a da série As Crônicas dos Kane (que, aliás gosto bastante), algo que esperava que fosse acontecer. Isto é bom, claro. Mostra o quanto o autor pode ser versátil em um mesmo gênero.

O tema também é bastante atraente e acho que nunca estará saturado. Já li diversos livros/séries sobre mitologia grega ou romana, mas todas conseguem se destacar em suas peculiaridades. Achei que não teria muita paciência com a história, já que os personagens são novinhos demais, porém o fluxo é tão bem amarrado que nem senti a leitura. Demorei um pouco mais do que com os outros livros da maratona, mas só por causa da quantidade de informação, que aqui, é bem maior mesmo.

É um bom livro para o público infanto juvenil, mas também jovens, para quem gosta de mitologia, história, lugares diferentes e, claro, quem tem muita imaginação.

Estou curiosa e pretendo começar O Mar de Monstros logo. Também anima saber que a série já está completa e não terei de esperar por outras publicações. Assim que terminar, pretendo conhecer Heróis do Olimpo também.

Quotes que mais gostei :)

 

“As letras flutuam para fora da página quando você lê, certo? Isso porque a sua mente está fisicamente programada para o grego antigo.”

“Atena espera que seus filhos criem coisas, não apenas as derrubem, como um certo deus dos terremotos.”