O segundo livro que leio
e resenho em 2014 é também o último volume da trilogia Destino,
publicado pela Suma das Letras. Trata-se de um distopia, meu gênero
favorito depois de fantasia. Apesar de não ter me apegado muito à
série, esperei pelo final e não me arrependi. O fim é quase digno.
Compondo a trilogia, estão Destino e Travessia, primeiro e segundo
volume, respectivamente.
Em uma Sociedade que não permite escolhas nem imperfeições, um pequeno erro pode ser o elemento que faltava para iniciar uma revolução. 'Conquista' é a continuação de Destino e Travessia. No livro, a autora retoma a história de Cassia Reyes, jovem que pertence a uma sociedade controlada por um Estado totalitário ainda que nele não haja pobreza e a população tenha acesso a direitos básicos, como alimentação, moradia e emprego. O futuro de Cassia não poderia ser mais incerto agora que ela resolveu seguir para as sombrias Províncias Exteriores, campo de extermínio dos cidadãos banidos pela Sociedade. Ela está à procura de Ky Markham, com quem desenvolveu uma relação proibida, e que havia sido aprisionado, com um destino que se encaminhava para a morte certa.
Em Conquista, Cassia,
Xander e Ky enfrentam novos desafios. Desta vez, algo realmente
grande e ruim está fora do controle da Sociedade e da Insurreição.
Uma praga está rondando e ninguém está livre de contraí-la,
embora exista uma cura. Com todas as atenções voltadas aos doentes,
resta pouco tempo para se pensar outra coisa que não seja a
sobrevivência. Xander tem seu próprio ponto de vista, narrado em
primeira pessoa em capítulos intercalados com o de Ky e o de Cassia,
o que, na minha opinião, deixa as coisas bem mais interessantes. Na
verdade, se tem um personagem que cresceu durante a trama, este é
Xander. O garoto não só amadureceu, como também se tornou um
profissional muito competente. Mesmo conhecendo a situação de
Cassia e Ky, ainda se mantém fiel aos amigos. Quanto a estes dois,
não vi muita diferença ou amadurecimento.
A questão ditatorial não
está mais em foco, mas as pessoas ainda temem demonstrações
espontâneas. É possível identificar e questionar os motivos e atos
da Insurreição (movimento oposto à Sociedade) ao compará-la com a
Sociedade. Será que são tão distintas assim? Em Travessia, o
segundo volume da trilogia, achei que as coisas tomariam um rumo bem
diferente e que a luta pela liberdade seria mais agressiva e óbvia.
Por alguma razão, a trilogia acaba terminando de forma avessa ao
esperado, o que não é, necessariamente, ruim. A tão esperada
revolução parece ter começado há mais tempo do que o previsto,
mas não da forma que Cassia poderia imaginar.
O livro tem um bom final,
mas não muito detalhista. Uma característica marcante da trilogia,
algo que tenho notado desde Destino, é a falta de emoção. Não
consigo ver o sentimento dos personagens, mas sim, pensamentos secos
e racionais demais, mesmo quando se fala em amor. É claro que, se
pensarmos bem, pode ser um aspecto intencional da autora, isto é,
mostrar o quanto a Sociedade transformou a população em seres
mecânicos. De qualquer forma, em Conquista trava-se bem mais uma
batalha pela vida do que pela liberdade, algo que deu um ar
totalmente novo ao dilema vivido pelo trio.
“Eu sei que não sou a única fazendo essas coisas, cometendo pequenos atos de rebelião. Há gente nadando contra a corrente, e há sombras se movendo lentamente nas profundezas.”
“Eu queria poder ter uma sem a outra, mas esse é o problema de se estar vivo.Você normalmente não escolhe a medida de sofrimento ou o grau de felicidade que tem.”
“Escrever, cantar, pintar – isso não interrompe tudo. Não pode interromper a morte em seus caminhos. Mas talvez possa criar a pausa entre o som dos passos da morte, e parecer e sentir-se lindo; pode criar o espaço para desejar um lugar onde você possa se demorar sem tanto medo. Porque estamos todos andando para nossas mortes, e a jornada nesse meio-tempo compensa nossas vidas.”
Ao passar pela net encontrei seu blog, estive a ver e ler alguma postagens é um bom blog, daqueles que gostamos de visitar, e ficar mais um pouco.
ResponderExcluirEu também tenho um blog, Peregrino E servo, se desejar fazer uma visita
Ficarei radiante se desejar fazer parte dos meus amigos virtuais, saiba que sempre retribuo seguido também o seu blog. Deixo os meus cumprimentos e saudações.
Sou António Batalha.
Senhorrrrrrrr não acredito que tenha uma personagem chamada Cássia nessa trilogia T_T já tinha um pouco de vontade de ler, depois de saber disso então *o*
ResponderExcluirBeijos,
www.procurei-em-sonhos.com