Distopia, Realeza
britânica, revoltas e personagens fortes são as palavras-chave para
o livro A Última Princesa, da autora Galaxy Craze, publicado pela
editora ID. Com uma capa lindíssima e sugestiva, sempre que o via
nas livrarias morria de curiosidade, mas foi na Bienal do Livro que,
finalmente, comprei meu exemplar, diretamente no estande da editora.
Desastres naturais dizimaram a Terra. Isolada do resto do mundo, a Inglaterra é um lugar sombrio. O sol raramente brilha, a comida é escassa e grupos criminosos perambulam pelas florestas, buscando caça. Quando um revolucionário implacável decide tomar o poder, ele faz da família real seu primeiro alvo. Muito sangue é derramado no Palácio de Buckingham e apenas a Princesa Eliza, de 16 anos, consegue escapar. Determinada a matar o homem que destruiu sua família, Eliza se junta às forças inimigas, disfarçada. Ela não tem mais nada pelo que viver a não ser vingança. Até conhecer alguém que lhe ajuda a lembrar o que é ter esperança – e amar – outra vez. Agora ela precisa arriscar tudo para que ela não se torne... a última princesa.
Apesar
da imensa curiosidade que eu já tinha a respeito do livro, não
esperava que fosse gostar tanto da história. Eliza, definitivamente,
não é uma princesa qualquer. Ela não é fútil e não abusa de sua
condição privilegiada no mundo. De qualquer forma, a Terra não é
a mesma da época de seus ancestrais Windsor, e nem mesmo a realeza
está livre dos males provocados pelos Dezessete Dias. A princesa viu
sua mãe, a rainha, grávida de seu terceiro filho, morrer envenenada
e jamais esqueceu o rosto do assassino.
O
enredo é bastante objetivo, apesar de narrado em primeira pessoa, e
os personagens têm muita personalidade, provocando admiração e
ódio, de acordo com suas razões. Não é um livro grande, tem
apenas 248 páginas, mas ainda assim, há muita história e um bom
desenrolar. Aliás, algo raro aconteceu: gostei muito da
protagonista. No decorrer das história fiquei surpresa com muitas de
suas atitudes, pois sua luta para salvar a quem ama é muito digna.
Mas além de Eliza, outros personagens também conseguem ser
encantadores, como Jamie, Mary e Wesley. Mesmo com toda a perda que
sofreram cada um encontra forças para superar e tentar salvar o
pouco que lhes resta.
Apesar
do contexto distópico, o foco não está no que o mundo está
vivendo, mas na transformação política que o reino está sofrendo.
Por mais que situações, como bolas de fogo caindo do céu
interfiram no presente de Eliza, fica bem claro que sua sobrevivência
se deve à vontade e ao amor por certas pessoas, bem como ao seu
desejo de vingança.
Talvez
o fato de a narrativa girar em torno de uma Família Real, mais
precisamente da Dinastia Windsor, deixe a leitura um pouco estranha
no início, por misturar dados da realidade britânica que conhecemos
com um futuro assustador como o do livro, mas logo você se acostuma
com a ideia. A velocidade dos fatos, a crueldade daquele que se diz
líder dos oprimidos e os recursos escassos de um mundo pós-colapso
contribuem para uma narrativa eletrizante. O problema é o final...
ou melhor, a falta dele. Mais uma vez, só soube que há uma
continuação após ter lido. Até aí, tudo bem, adoro continuações
de boas histórias. Entretanto, a tal continuação, Invasion, deve
ser publicada só em 2014. Logo, teremos que torcer para a ID lançar
no Brasil o mais rápido possível.
Por dezessete dias seguidos, o mundo foi castigado por terremotos que partiram a terra, e por furacões, tornados e tsunamis violentos. Vulcões entraram em erupção, enchendo o céu com uma fumaça inflamável que bloqueou o sol e cobriu os campos com estranhas cinzas arroxeadas que sufocaram as plantações.
- Pai – eu suspirei -, você sabe que eu danço muito mal. Meus pés se atrapalham.- Eu sou o rei da Inglaterra e ordeno que você se apoie nos meus pés. - ele disse de maneira solene e piscou para mim.
O jovem guarda abriu a porta do armário e afastou casacos e roupas. Os cabides de metal tilintavam uns contra os outros, as roupas balançavam. E então, ele me viu.
Mesmo durante os Dezessete Dias, Londres tinha equipes de emergência para ajudar quem precisava. Agora tudo – polícia, bombeiros, hospitais – tinha acabado.
Muito boa a resenha, louca para ler :)
ResponderExcluirSegue de volta? www.dreamy-fearless.blogspot.com.br
Ola Ja lhe o livro e mto bom mas gostaria e saber da continuação ,
ResponderExcluirEu também,adorei o livro porém estou louca para descobrir mais sobre o menino do macacão azul, sobre Portia e até mesmo sobre como ficou a Inglaterra após a mudança, sobre James e Polly, quero saber mais sobre tudo no livro.
ExcluirO livro é maravilhoso. mas ainda espero a continuação. alguém sabe se já saiu ou quando sai?
ResponderExcluirAlguém sabe quando sai o segundo livro? Se souber, me informa pfrrrrr kkkkkk
ResponderExcluirO livro é maravilhoso tenho 12 anos mas amo livros eu pesquisei livro e vi esse pesquisei sobre e amei , na biblioteca de Itu eu achei ele li e amei ,to fazendo um trabalho sobre livro e eu escolhi A ultima Princesa.
ResponderExcluirEu só li esse livro da Galaxy Craze mas tenho sei que os outros também são maravilhosos.
Gostaria de saber se vai ter um segundo livro e se tiver ficaria feliz de ler e comentar.
ResponderExcluirGostaria de saber se vai ter um segundo livro e se tiver ficaria feliz de ler e comentar.
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