Dizem que 13 é o número
do azar. Discordo. Para mim é um número de sorte. Com um longo
histórico de desgraças ocorridos no dia do infortúnio, mas
precisamente, sexta-feira 13, há quem diga que é melhor evitar
situações propícias ao azar. Se você é como eu, e adora rir
dessas bobagens milenares, por que não curtir a sexta-feira azarando
alguns livros cujos personagens tenham o “dom” do azar? E tudo
começou num dia, não especificamente, 13, mas ainda assim um dia
daqueles...
1) A Filha da Floresta,
de Juliet Marillier
O domínio de
Sevenwaters é um lugar remoto, estranho, guardado e preservado por
homens silenciosos e criaturas encantadas, além dos sábios druidas,
que deslizam pelos bosques vestidos com seus longos mantos... Passada
no crepúsculo celta da velha Irlanda, quando o mito era lei e a
magia uma força da natureza, esta é a história de Sorcha, a sétima
filha de um sétimo filho, o soturno Lorde Colum, e dos seus seis
amados irmãos, vítimas de uma terrível maldição que somente
Sorcha é capaz de quebrar. Em sua difícil tarefa, imposta pelos
Seres da Floresta, a jovem se vê dividida entre o dever, que
significa a quebra do encantamento que aprisiona seus irmãos, e um
amor cada vez mais forte, e proibido, pelo guerreiro que lhe prometeu
proteção.
Pode
ser que eu esteja enganada, mas acho que nunca vi personagem tão
azarada quanto a Sorcha. O que a garota sofre neste livro não é
brincadeira, bem como seus familiares. É um livro cheio de magia,
com todo aquele ar celta, encantador e obscuro. Depois de ler a
história de Sorcha, será difícil que você não se considere uma
pessoa de sorte.
2)
Devoured, de Amanda Marrone
Megan
tem sido assombrada pelo fantasma de sua irmã gêmea, Remy, desde o
acidente, há nove anos. Megan não quer que ninguém pense que ela é
louca, então ela mantém este pequeno "dom" para si mesma.
Mas quando ela conhece Lucas em seu trabalho de verão e descobre que
pode ver fantasmas também, fica emocionada. Finalmente, alguém que
pode se relacionar e, melhor ainda, pode, eventualmente, ajudar Remy
a seguir em frente. Megan não está mesmo preocupada com o fato de
que Luke é super fofo e agradável, porque é claro que ela é
totalmente louca por seu namorado. E ela definitivamente não queria
beijar Lucas. Mas quando a visões de Remy se tornam violentas, Megan
deve se voltar para Lucas para descobrir o que sua irmã gêmea está
tentando dizer. Porque alguém está definitivamente em perigo ...
ela só não tem certeza de quem.
Então,
este é um livro bem macabro. Fantasmas são o menor dos problemas de
Megan, pois o maior perigo pode ser humano e, bem, vivo. Acredite, o
azar de Megan vai bem além de suas visões. Seu trabalho no parque
de diversões pode se transformar num verdadeiro show de horrores.
3)
Gone: O Mundo termina aqui, de Michael Grant
Em
um piscar de olhos, todos com mais de 14 anos desaparecem. Restam
adolescentes. Pré-adolescentes. Crianças. Nenhum adulto. Nenhum
professor, policial, médico ou responsável. Linhas de telefone,
redes de televisão e a internet param de funcionar. Não há como
pedir ajuda. A fome é intimidante e a violência começa. Os animais
parecem estar se transformando, e uma criatura sinistra está à
espreita. Os próprios adolescentes estão ficando diferentes,
desenvolvendo novos talentos: poderes inimagináveis, perigosos e
mortais, que crescem dia após dia. É um mundo novo e assustador. É
preciso escolher um lado — e a guerra é inevitável.
Quando
comecei a ler este livro tudo o que me vinha à cabeça era o quanto
era uma ideia brilhante colocar adolescentes e crianças, sozinhos,
presos num espaço antes chamado de lar, cidade. No dia em que tudo
aconteceu, todos os menores de 14 anos puderam se considerar pessoas
de sorte, mas será mesmo?
4)
Sorte ou Azar?, de Meg Cabot
Mais um sucesso da
mega vendedora de livros Meg Cabot. A falta de sorte parece perseguir
Jinx onde quer que ela vá — e por isso ela está tão animada com
a mudança para a casa dos tios, em Nova York. Talvez, do outro lado
do país, Jinx consiga finalmente se livrar da má sorte. Ou, pelo
menos, escape da confusão que provocou em sua pequena cidade natal.
Mas logo ela percebe que não é apenas da má sorte que está
fugindo. É de algo muito mais sinistro... Será que sua falta de
sorte é, na verdade, um dom, e a profecia sob a qual ela viveu desde
o dia que nasceu é a única coisa que poderá salvá-la.
Um
dos melhores livros da Meg que já li, Sorte ou Azar é um pouco
cômico, bizarro e mágico, mas acima de tudo, um bom exemplo de que,
nem sempre, o azar é o oposto da sorte.
5)
Jogos Vorazes, de Suzanne Collins
Após
o fim da América do Norte, uma nova nação chamada Panem surge.
Formada por doze distritos, é comandada com mão de ferro pela
Capital. Uma das formas com que demonstram seu poder sobre o resto do
carente país é com Jogos Vorazes, uma competição anual
transmitida ao vivo pela televisão, em que um garoto e uma garota de
doze a dezoito anos de cada distrito são selecionados e obrigados a
lutar até a morte! Para evitar que sua irmã seja a mais nova vítima
do programa, Katniss se oferece para participar em seu lugar. Vinda
do empobrecido distrito 12, ela sabe como sobreviver em um ambiente
hostil. Peeta, um garoto que ajudou sua família no passado, também
foi selecionado. Caso vença, terá fama e fortuna. Se perder, morre.
Mas para ganhar a competição, será preciso muito mais do que
habilidade. Até onde Katniss estará disposta a ir para ser
vitoriosa nos Jogos Vorazes?
Quer
mais azar do que ter seu nome sorteado, dentre tantos outros, para
ser jogada numa arena para a morte certa? Bem, acho que Katniss não
é lá, muito sortuda. Pode até não ser novidade, mas acho que
ninguém discorda que ser “escolhida” para um jogo como aquele é
bem típico de personagens azarados, especialmente considerando-se
que qualquer de seus menores atos pode provocar um levante. Isso é
que é sorte. Só que não.
Como
bônus pelo dia de hoje, dentre os livros que já li, em toda a minha
vida, há um que leva no título o número 13. É um livro um pouco
chocante, mas também cheio de significados. Os 13 porquês, de Jay
Asher, mostra com clareza, razões bobas e, ao mesmo tempo, fortes,
que levam a atitudes drásticas.
Ao voltar da escola, Clay Jensen encontra um misterioso pacote com várias fitas cassetes. Ele ouve as gravações e se dá conta de que foram feitas por uma colega de classe que cometeu suicídio duas semanas antes. Nas fitas, ela explica que 13 motivos a levaram à decisão de se matar. Clay é um deles. Agora ele precisa ouvir tudo até o fim para descobrir como contribuiu para esse trágico acontecimento.
O
número de razões é só um detalhe, mas a conclusão é
surpreendente. Você já sabe o que acontece, mas não imagina o peso
da explicação. Hannah, a colega que cometeu suicídio, consegue te
provocar raiva e compaixão, de forma que você até se esquece de
que ela não está mais viva. Os motivos que fazem Clay estar na
lista são desconhecidos por ele, até o fim, o que o deixa
extremamente perturbado enquanto não descobre o que fez de errado.
Ser um dos porquês do suicídio de Hannah não pode ser considerado
sorte, mas será obra do azar?
Viram a diferença que um dia pode fazer na vida de uma pessoa/personagem? Sextas-feiras 13 são o menor dos seus problemas, acredite. E não vá chutar gatinhos pretos, ok?
De todos estes, só li Jogos Vorazes, mais conheço os outros títulos. Pretendo lê-los.
ResponderExcluirÓtimas indicações, flor! Jogos Vorazes é perfeito para qualquer momento <3 Sorte ou Azar é um livro levinho e divertido!!
ResponderExcluirBeijooos
Am
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