5 livros adaptados que você deve ler, assistir e chorar

Não é segredo algum o fato de que todo livro conta uma história digna de ser reproduzida nas telas. O problema é que, nem sempre é possível adptar a obra de forma plausível ou fiel. Às vezes, o livro só ganha a devida atenção do público quando alguma grande produtora compra os direitos. De uma forma ou de outra, adoro assistir a qualquer película baseada em livro.

1 - A Fonte Secreta /Vivendo na Eternidade

Tuck Everlasting é uma obra escrita por Natalie Babbitt, que conta a história de Winnie, uma garota que vive sob as regras de uma sociedade e família rígidas, no início do século XX. Cansada de ser tratada como propriedade, e como se não tivesse vontade própria, a garota, solitária, decide explorar o bosque perto de sua casa, mas acaba se perdendo por lá. Em meio à natureza, ela encontra Jesse Tuck, um garoto que vive com sua família no bosque, e guarda um grande e incrível segredo. Logo, Winnie se vê encantada por Jesse e sua família, que mantém a mesma aparência há anos, graças à água de uma fonte secreta da imortalidade e juventude. O grande e belo questionamento de Winnie é o quanto vale a eternidade e a intensidade com que se vive.

 

É um filme doce com uma pitada de sobrenatural. Winnie é interpretada pela fofa da Alexis Bledel e Jesse, pelo Jonathan Jackson. Não sabia que havia um livro, mas sempre quis assistir ao filme. Assim que soube que era baseado em um romance tive certeza de que queria encontrar o encanto da história, também nas páginas.

O livro foi publicado no Brasil em 1987, pela editora Ática com o título A Fonte Secreta. Já o filme, foi lançado em 2002 e teve como título brasileiro Vivendo na Eternidade.

2- Ponte para Terabítia

Quem nunca se emocionou com Jess e Leslie, que protegem um reino imaginário ao qual só se pode chegar atravessando o riacho, pendurado em uma corda? Josh Hutcherson e AnnaSophia Robb interpretaram muito bem seus papéis, trasmitindo uma emoção muito grande com detalhes tão simples. Jess quer ser o garoto mais veloz da sua classe e treina muito para isso. Acontece que ele acaba sendo superado por Leslie, a garota nova, que mais parece um menino. Apesar disso, acabam ficando amigos, brincando juntos e criando um reino mágico. É uma história feliz, mas também triste. Traz o contexto daquele finalzinho da infância, quando a pessoa quer se encontrar e mostrar que está crescendo, mas ainda não consegue conter o brilho e a beleza da imaginação infantil.

Tanto o filme quanto o livro, conseguem passar o mesmo sentimento agridoce, melancólico e triste a respeito da vida e suas fatalidades. A obra de Katherine Paterson, Bridge to Terabithia, foi publicada em 1977, mas só chegou ao Brasil com a publicação da editora Salamandra, em 1999. Já o filme, foi lançado em 2007.

3- Antes de Morrer/Agora é para sempre

Before I die (Antes de Morrer) é um livro escrito pela Jenny Downham e publicado pela editora Agir. Trata-se de uma história muito tocante, já que aborda a vida de Tessa, uma garota de dezesseis anos em estado terminal de leucemia. Esperando pela morte, ela elabora uma lista, bastante audaciosa, com todas as coisas que quer fazer antes de ir. Ela decide aproveitar a vida, abusando do tempo que lhe resta para concluir coisas grandes ou pequenas. No meio do caminho, ela conhece Adam, o que complica tudo, de uma forma inesperada. Eles se apaixonam, transformando o tempo final da vida de Tess em algo lindo, mas com prazo de validade expirando.

O filme é de 2012 e se chama Now is good (Agora é para sempre), tendo Dakota Fanning interpretando Tess, ao lado de Jeremy Irvine, como Adam. Não sei qual seria a razão para a mudança do título, mas acho que Now is good ficou perfeito e traduz ainda melhor, o significado do livro.

4- Não me abandone jamais

Never Let me go é um livro de Kazuo Ishiguro, publicado pela Cia das Letras, que narra um futuro cujo progresso da ciência é também o regresso da humanidade. Pessoas são criadas para satisfazer às necessidades de outras pessoas. A diferença entre cada um está na concepção, já que a clonagem humana é algo legal e moralmente aceito naquela sociedade. Infelizmente, as pessoas/clones são regulados por toda a vida, até o momento de “concluir”, quando doam todos os seus órgãos para satisfazer ao fim a que devem. Kathy é uma pessoa, assim como seus melhores amigos, Tommy e Ruth, com quem foi criada no internato, sem sonhos ou expectativas. Infelizmente, tiveram o azar de serem clones, não tendo qualquer oportunidade de escolha.

Assim como o livro, o filme lançando em 2011, embora foque na clonagem humana, não tem qualquer intenção científica. Tudo o que se vê é a vida de Kathy, Tommy e Ruth como jovens cheios de vida, que sabem, desde sempre, que jamais poderão dispor de suas vontades. Carey Mulligan, Andrew Garfield e Keira Knightley interpretam o trio, que aceita os termos a que foram ligados, embora não estejam livres das maiores fraquezas e necessidades humanas, dentre estas, o amor.

5- Um Dia

One Day é um livro mais conhecido, da editora Intrínseca, assim como o filme. Escrito por David Nicholls e ambientado desde os anos 80, conta a história de Dexter e Emma, velhos conhecidos da faculdade, que se reencontram uma vez a cada ano. Em 20 anos, mesmo se encontrando por apenas um dia no ano, não conseguem evitar o sentimento que cresce entre eles. O fato é que eles permitem que a vida complique o que poderia ser bem mais simples.

 

Anne Hathaway e Jim Sturgess dão vida ao casal a que pertence o dia 15 de julho, no filme lançado em 2011. Qualquer pessoa que conheça a história deve pensar a mesma coisa a respeito do enredo e do final. Alguns chamam de chato, mas acho impossível não sentir algo mais com a representação de um erro tão comum na vida de todos nós. Quem nunca perdeu a chance de viver algo maior por um motivo bobo?

Eu não sei quanto a você, mas já dá para chorar só de pensar em alguns trechos. Acho desnecessário citar os livros do Nicholas Sparks, já que todos que viraram filme se enquadrariam, perfeitamente, nos quesitos desta lista. O fato é que nenhum é novidade e todo leitor deve conhecer, pelo menos, uns 3 ou 4 dignos. De qualquer forma... viva a frustração de se estar vivo!