Top 5: Mascotes literários


Faz tempo que não posto um Top 5 por aqui e, pensando em um tema legalzinho, acabei chegando ao escolhido de hoje. Eles quase sempre estão nas histórias que lemos, seja fazendo uma gracinha ou, até mesmo, dando trabalho aos nossos protagonistas. Como a arte imita a vida, é claro que os melhores amigos de uma pessoa também poderiam ser os melhores amigos de um personagem. A história não é sobre eles, ou teríamos títulos como Marley, Dewey, Bob... não, não vou falar sobre os óbvios. Quero citar aqueles que estavam lá, nos momentos difíceis, mas que, nem sempre obtiveram o crédito, embora eu tenha certeza de que são amados por boa parte dos leitores atentos.



1- Edwiges

Qualquer pessoa que tenha lido qualquer dos livros da série Harry Potter, ou mesmo só assistido aos filmes, percebeu que a história conta com muitas peculiaridades. Com os animais de estimação não poderia ser diferente. Corujas, ratos velhos, gatos temperamentais, cobras enormes e, até uma fênix, fazem parte da enorme diversidade do gosto bruxo por animais domésticos. Mas é claro que, dentre tantos, o mais especial teria que ser aquele que, mais do que um companheiro, fosse também aquele disposto a dar a vida por seu dono, acompanhando-o em momentos bem difíceis. Como não se encantar por aquele serzinho com ar de pura saberdoria, branco como a neve e que cumpre no mundo bruxo o papel do ser mais amado dos leitores, os carteiros? Edwiges, a coruja de Harry, esteve com ele desde sua chegada ao mundo bruxo, quando o então guarda-caças de Hogwarts, Hagrid, lhe deu de presente em comemoração ao seu 11º aniversário.
Sempre achei que as corujas fossem seres lindos e misteriosos. O som que elas fazem, a forma como encaram as pessoas na escuridão e, claro, sua beleza, são os fatores mais peculiares destas aves, mas Edwiges sempre foi mais do que a ave noturna de piar agourento. Ela foi o bichinho de estimação do garoto que sobreviveu e, acredito que seja também a coruja mais famosa que vivera nos dois mundos, trouxa e bruxo.

2- Daisy

Talvez você não tenha lido Extraordinário, da R.J. Palacio, e eu já vou avisando que deveria, viu? O livro é incrível, de uma forma bem diferente. Se você leu, deve ter prestado atenção na cadelinha do Aggie, a Daisy, doce e carinhosa. Ela era o típico animal de estimação de uma história que poderia ser real, sem magia ou qualquer fator sobrenatural. Ao contrário dos seres humanos, e isso é algo que Auggie gostava de frisar, Daisy nunca se importou com a aparência das pessoas. Nenhum animal se importa. O que Auggie quis dizer é, um animal jamais vai te olhar, ou deixar de olhar, por você ser feio ou bonito, gordo ou magro, ou por qualquer detalhe em sua aparência. E Daisy era a maior prova que ele tinha quanto a isto.
Não sei como ela se parece, honestamente. Não me liguei na descrição da cachorrinha, exceto por saber que se trata de uma vira-lata, levada em um carrinho por um mendigo que a ofereceu por poucos trocados ao pai de Auggie. Não sei qual é a cor do seu pelo, seu tamanho, ou qualquer detalhe pessoal, tudo o que sei é que conheço bem essa espécie de ser vivo, disposta a dar aquele amor incondicional que tanto desejamos no fundo... Por acaso, imagino-a assim, como a cachorrinha da foto.

3- Bernie Kosar

Na série Os Legados de Lorien, mais do que alienígenas semelhantes ao seres humanos, temos também animais de estimação parecidos com os nossos, isto é, quando eles querem... Na nave que trouxe as nove crianças lorienas, veio também as quimeras, algo muito similar aos nossos animais domésticos, embora diferentes na aparência. Uma quimera pode ter a forma que desejar, ou necessitar, o que vier primeiro. Não é a toa que John, mais conhecido como o Número Quatro, sente-se perseguido por uma lagartixa (ou algo do tipo) e, logo depois, encontra um lindo e carente cachorro da raça beagle em seu novo quintal. Sem vontade de deixá-lo fora, John lhe chama de Bernie Kosar e passa a ter ao seu lado, definitivamente, um grande e protetor amigo.
Bernie Kosar já é fofo pelo simples fato de ser uma cachorro (e eu A-M-O cachorros), mas sua cumplicidade e raciocínio vão além, já que ele também poderia ser... sei lá, um gato, se quisesse (e gatos também são fofos).

4- Oscar

Eu não sei vocês, mas acho o livro Morte e Vida de Charlie St. Cloud muito triste, por mais bonita que seja a história. A história não mostra nada de especial sobre um animal de estimação, mas ela o cita, o que para mim, é o bastante, dadas as circunstâncias. Charlie perdeu o irmão mais novo, Sam, em um acidente de carro e agora cuida do cemitério, onde relembra suas experiências ao lado do irmão, assim como “vive” coisas novas ao seu lado. Sim, espero que você tenha lido o livro ou, no mínimo, saiba do que se trata a história. Em geral, para quem não sabe, o livro aborda os milagres, como a vida após a morte, a relutância para não desistir de alguém e a saudade. Basicamente, eu diria que um cachorro tem muito a ver com isso, especialmente Oscar, o beagle dos irmãos St. Cloud, que estava com eles no carro quando o acidente ocorreu. Não vou dizer o que aconteceu com ele, mas garanto que o cachorro não abandonou seus donos, Sam e Charlie, nem mesmo quando a morte os separou.
Particularmente, por menor que tenha sido sua participação na história, achei simplesmente linda a presença do cão e seu significado. Como pode um animalzinho pequeno, sem poderes especiais, extremamente comum, fazer parte de algo sobrenatural, considerado até mesmo um milagre?

5- Buttercup

O que seria do gato mais horroroso do Distrito 12 se não fosse a Prim? Em Jogos Vorazes conhecemos um gato bem odiado por Katniss, que não bastasse ter que alimentar a mãe e a irmã, ainda precisava receber o olhar de desprezo do animal feioso. Buttercup é sempre descrito por Katniss das piores formas, como se fosse a escória da Costura. Apesar disso, sua doce irmãzinha pensava bem diferente, acolhendo e amando o bichinho como um lindo mascote. Pensando como a Katniss, aposto que a maioria das pessoas, em seu lugar, teria assado o bicho na primeira oportunidade, mas não ela, que sempre respeitou o carinho da irmã, mesmo discordando.
Surpreendentemente, não foi uma grande surpresa encontrá-lo rondando sua antiga casa, mesmo após toda a destruição do Distrito 12 e de muitos corações... Acredito que um animal de estimação seja mais do que um ser vivo dependente de comida e afeto. Acho que eles conseguem ler algo mais em nosso ser e saiba compartilhar nossa dor, até quando não pretendemos.

Bônus!

Que Nagini que nada! A cobra de estimação mais legal dos livros que li, não come gente não (apesar dos pobres pequenos roedores, tadinhos), mas recebeu o nome do próprio Lorde das Trevas, papai da Nagini. Lord Voldemort é a cobra de estimação de Poe, digo, P-Jamie, opa, Jamie Orcutt na série Sociedade Secreta, da Diana Peterfreund. Ela não faz nada, claro, além de ficar em seu aquário, recebendo comidinhas e tal, mas só de ter esse nome merece ser citada, certo?

Espero que tenham gostado dessa listinha de mascotes literários. Já disse centenas de vezes que adoro animais, especialmente os fofinhos, e adoro vê-los dividir trechinhos nos livros. Minha vida pode até não ser um livro, mas olhem quantos mascotes já fizeram parte do meu livro da vida:

3 jabutis, Tati, Tatá e Totó (nomes criativos, né, mas eu tinha 6 anos, okay?). Hoje só o Tatá vive, e está enorme!
Uma gatinha chamada Dolly, que no pouco tempo em que esteve comigo mostrou tanto amor para uma vida inteira. Infelizmente, ela já havia sido abandona por ter uma doença grave no intestino, fizemos o que podíamos, mas logo ela se foi.
Meu primeiro cachorro, um mestiço de daschund espertinho e carinhoso, que chamei de Lucky Wishbone (Lucky por causa da minha mãe, que insistiu nisso... e Wishbone por causa do seriado).
Minha primeira cachorrinha, uma daschund autêntica, extremamente doce e caseira, que chamei de Melody Britney (é, sempre fui fã da Britney, mas mamãe, de novo, interferiu, mandando eu escolher outro nome, daí veio Melody).
Melody estava muito sozinha e resolvemos adotar um outro dashund, que estava quase sendo abandonado pela dona, que morava na minha rua. Ele já tinha nome, Valente, e por isso, só complementei com um Harry...
Meu casal lindo de daschunds deu frutos, mas infelizmente não fiquei com nenhum. Quando Melody se foi, ficamos apenas com o Valente (e o Tatá), mas ele ficou na casa dos meus pais e, assim que fui para a minha, quando me casei e...
Adotei a Izzie, a famosa viralatinha que vocês já viram arrasando em vários posts. Ela tem aquele típico temperamento dos pinshers, mas com a doçura de ser mestiça. Antes que eu termine, deixo o conselho: Adotar é tudo de bom!

1 comentários:

  1. Oi Camilla!
    Dos animais que você citou, só conheço a Edwiges e o Buttercup (|bichinhos de sorte estes...estão em ótimas séries, rsrs)
    Beijos
    alemdacontracapa.blogspot.com

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