SSMovie: Em Chamas

Um dos filmes mais esperados do ano acaba de estrear nos cinemas e o resultado não poderia ser melhor. A adaptação de Em Chamas (Catching Fire), segundo título da série Jogos Vorazes, além de fiel o bastante ao livro, surpreende com a evolução e desenvoltura dos personagens, bem como pelo ritmo e organização das ideias indispensáveis. Minha imparcialidade termina por aqui, pois falar do filme em si, sem termos técnicos, é um desafio, mas também um desabafo de fã.





Atenção: os próximos parágrafos contém spoilers do livro!


O filme começa com o cenário impecável de um Distrito 12 escuro e gelado. O tão querido lago no interior da floresta onde Katniss passou a maior parte de sua vida ganhou vida com suas águas congeladas e arredores solitários. As cenas na floresta foram poucas e um pouco diferentes das originais, de forma a se unir o necessário sem se estender muito. A Vila dos Vitoriosos também não deixou a desejar, com seu ar depressivo e cinzento não poderia ser mais perfeita. A arena dos jogos conseguiu ficar muito próxima da minha imaginação, tanto quanto poderia.

Sei que muitos fãs, ou melhor, muitas, esperavam algumas cenas românticas entre Katniss e Gale, o que não decepcionou, considerando a abordagem perfeita do que se fala no livro. Não sou Team Gale nem de longe e sempre achei que, apesar de se conhecerem há muito tempo, a lógica do romance dos dois não fazia muito sentido. Em contrapartida, achei que Gale, ou o queridíssimo Liam Hemsworth, cumpriu seu papel muito bem. Liam soube passar tudo o que Gale deveria ser, ainda que não tenha uma grande participação (maior que em Jogos Vorazes, com certeza). Obviamente, a cena do “tronco” foi bem como imaginei.

 
Se Gale conquistou seu espaço com sua presença nesta segunda parte da saga, Peeta só confirmou a que veio. Um dos meus personagens favoritos, dentre tantas histórias maravilhosas que já li, o “Garoto Com o Pão” conseguiu se superar. Josh Hutcherson nunca foi meu favorito para interpretar o Loverboy, embora sempre o tenha visto como o garoto bonitinho de Ponte para Terabíthia. Desta vez, apesar de não ocorrer exatamente um crescimento do personagem, já que Peeta é o mesmo cavalheiro, meigo e encantador de sempre, quem cresceu mesmo foi Josh. Não sabia que era possível, mas a presença do garoto, mesmo atrapalhada, foi ainda mais forte e Josh, além de estar mais bonito (não me pergunte como; só sei que está!), conseguiu mostrar um Peeta meigo e forte, como deveria ser.

Haymitch e Effie, estão mais simpáticos do que nunca. Com Haymitch não tive surpresas, mas com Effie, sim. A personagem de Elizabeth Banks conseguiu fazer o que a Effie dos livros não conseguiu: conquistou minha simpatia. Preciso falar da Jennifer Lawrence? Acho que não. Nunca tive dúvidas de que Lawrence poderia fortalecer a personagem e tornar a passividade de Katniss quase aceitável o bastante. De fato, preciso dizer que nunca esperei por uma Katniss tão emotiva, e com razão, claro. Algumas cenas foram tão fortes que foi impossível não me emocionar, mesmo quando tudo não passava de lembranças de episódios passados. Rue deixou marcas que vão muito além dos livros, e a adaptação soube exatamente o que fazer. Foi perfeito!


Alguém mais discordou da escolha de Sam Claflin para Finnick? Pois é, eu sim, mas depois de vê-lo em sua primeira cena do filme, tenho que admitir que não vi defeito algum. Apesar das ótimas surpresas e atuações, o troféu de melhor e mais surpreendente personagem/atuação, sem dúvida, vai para Johanna Mason/Jena Malone. Quem conhece a história pelos livros sabe a presença que Johanna tem e o quanto costuma ser polêmica, mas ler Em Chamas e A Esperança 2 vezes em um ano não me preparou para o que vi na adaptação. Com falas e atitudes brilhantes, a garota do distrito dos lenhadores não poderia ter sido melhor interpretada.

Enfim, quando sentei na poltrona do cinema sabia que seria um bom filme, o que eu não sabia era que seria quase brilhante demais para ser verdade. Não tenho queixas, todas as sutis alterações dos fatos foram, absolutamente, necessárias. Bons efeitos, boas atuações... ótima adaptação! Se pudesse mudar uma única coisa, teria apenas acrescentado, um pouco mais, emoção na relação Peeta/Katniss, que ainda não está como eu gostaria. O que esperar de Mockingjay/A Esperança, quando Catching Fire/Em Chamas parece ter atingido o topo das minhas expectativas? Se souber a resposta me conte. :*
Ah! Preste atenção ao final dos créditos, quando o símbolo do Tordo aparece, pois uma transformação está para começar.

1 comentários:

  1. "mais emoção na relação Peeta/Katniss" Tbm senti falta disso. Achei o filme perfeito, fiquei um pouco receosa, porque a adaptação de Jogos Vorazes não foi tão fiel coma a de Em chamas. Eu não gostodo gale, ator lindo mas, personagem um porre. Sério, por ele tinha morrido no tronco. A Jenn devia ter ganho o Oscar por interpretar a Kastnniss, simplesmente amo. Eu sou muito fã do Josh, desde de quando ele amava a Rosemary. Pra mim ele está cada vez melhor. rsrsrs
    E a Johanna, tem como não amar? Perfeita! Exatamente como eu imaginei. Semana que vem, vou assistir o filme de novo, porque esse com certeza merece um bis!

    Bjos

    entrereaiseutopias.blogspot.com.br

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