Dezoito Luas, de Kami Garcia e Margaret Stohl



Para alguém que não gostou de Dezesseis Luas, o primeiro livro da série Beautiful Creatures, Dezessete Luas, o segundo, foi uma boa reviravolta, mas nada se compara ao que o terceiro livro, Dezoito Luas, se mostrou. Ao contrário do primeiro, que foi monótono e enjoativo, as duas sequências se mostraram agitadas, informativas e viciantes. Não sei se foram os personagens secundários que ganharam presença e me conquistaram ou a história em si, que se desenrolou de forma inteligente e curiosa. Só sei dizer que a série me conquistou a partir do segundo livro, que acabei lendo por acaso, pois já havia me decepcionado com o primeiro.

 
Em Dezoito Luas, Ethan e Lena lutam contra um mal manifesto, porém de origem duvidosa. A cidade de Gatlin está uma bagunça. Uma onda de calor e milhares de pragas assolam o lugar todo e só se fala no Fim dos Tempos. Link, que agora é um incubus, está aprendendo a lidar com sua nova natureza, enquanto Ethan é assombrado por algo obscuro demais para ser notado. Tudo está confuso quando nem mesmo os conjuradores mais poderosos têm controle sobre seus poderes.
A história segue em um ritmo frenético, com muita informação e questionamentos. Ethan e Lena estão juntos de novo e parecem compreender mesmo o que sentem pelo outro. Finalmente, Lena deixa de ser a garota enjoada dos livros anteriores e passa agir feito a conjuradora poderosa e apaixonada pelo mortal que ela é. Link é o grande amigo que já demonstrava ser, e mesmo com seus próprios problemas, que incluem um Ridley ex-sirena e furiosa, ainda consegue estar ao lado de Ethan nos momentos mais difíceis. Tio Macon e Amma lidam com as mudanças à sua própria maneira, ainda que estejam caminhando por vias sem volta. Existe todo um mistério que mal havia sido sugerido nos livros anteriores, mas que faz toda a diferença e eleva a classificação deste terceiro volume da série para cinco estrelas. Infelizmente, Abrahan e Sarafine continuam tão ruins como sempre, ou quase sempre, já que temos um pequeno vislumbre do passado da Cataclista mais odiada da Carolina do Sul, e acredite, nem sempre o fogo a dominou.
Gostei do rumo que certos personagens tomaram. E, acreditem ou não, um casal improvável acabou surgindo após um reencontro inesperado. Um ponto interessante no livro é que não há qualquer teste de confiança, pois mesmo os personagens mais duvidosos conseguem passar sua essência o tempo todo. Também é interessante que o foco da história tenha se dissipado do romance entre Ethan e Lena para as relações entre os outros, e não menos importantes, personagens.
Mas como nem tudo pode ser perfeito, encontrei um ponto negativo e que, certamente, é o típico provocador de reações depressivas pós-livro. Dezoito Luas termina em um ponto crucial, tendo um não-fim daqueles que te tiram o sono até a publicação da próxima sequência. Naturalmente, por mais inevitável que tenha sido a situação final, a sensação do “nem tudo é o que parece” ou quem sabe exista um segunda chance é ainda mais incontrolável. Espero que a Galera Record publique e lance o quarto volume logo, ouvi dizer que seria na próxima Bienal do Livro, em setembro, mas não sei se é verdade. Torço para que seja.

2 comentários:

  1. Oi Camilla! Nunca li nem um livro dessa saga e fico feliz em saber que depois do primeiro tudo melhora :) Eu vou assistir ao filme primeiro (minha mania que ninguém entende :p) e depois dar uma chance!
    Não li toda a sua resenha por medo de possíveis spoilers ^^ muito obrigada pela visita ao SB!
    beijos!

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  2. Oi Camila, estou louca para ler essa série (principalmente depois de ler essa resenha) rsrs
    Adorei o seu blog!

    Então, comecei essa semana um novo blog, se quiser, dê uma passadinha lá para conhecê-lo, ficaria muito feliz!

    beijos

    http://manualdosvinte.blogspot.com.br/

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